Com o objetivo de identificar as perdas nas etapas de armazenamento...

Com o objetivo de identificar as perdas nas etapas de armazenamento e transporte de produtos agrícolas, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outras instituições investem em um estudo para buscar soluções para as dificuldades enfrentadas no período de pós-colheita. A ação, coordenada pela Conab, é inédita no Brasil. O levantamento leva em consideração, por exemplo, a localização do produto, a diversidade climática e as características do armazém.
A identificação e quantificação das perdas que ocorrem no armazenamento e no transporte de grãos produzirão informações fundamentais para a regulamentação do setor e a implementação de políticas visando a sua minimização. Isso evitará prejuízos aos produtores, às empresas armazenadoras e, principalmente, ao país.
O Brasil avançou muito na produção de grãos, com recordes sucessivos a cada safra, mas na área de pós-colheita ainda é um desafio para o crescimento do agronegócio.
No Brasil existe excelência na produção, mas precisamos buscar aperfeiçoamento na pós-colheita. As perdas na pós-colheita de grãos podem resultar de fatores que antecedem a colheita, como histórico da lavoura, ou erros nas operações de colheita, secagem e armazenagem.
A atenção maior dos profissionais do setor está nas perdas relacionadas à armazenagem. Quando a falha acontece neste setor as falhas se tornam barreiras na indústria de alimentos.
Um dos principais problemas na pós-colheita está relacionado à presença de insetos. As pragas no armazém aumentam a temperatura e a umidade na massa de grãos, favorecendo ácaros e fungos. Além de modificar a cor, o cheiro e o sabor dos grãos, os insetos ainda podem degradar proteínas e vitaminas. A movimentação dos insetos na massa de grãos também podem formar bolsas de calor, que dificultam a aeração e a secagem.
Selo de garantia para orgânicos
O Ministério da Agricultura convoca quem aposta na produção sem o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos à certificação. Será criado selo único válido para tudo, de vegetais a carnes.
Os produtos orgânicos vão muito além das hortaliças frescas vendidas em feiras e supermercados "chics" e miram até o profissional mercado da agropecuária. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 90 mil produtores que declaram ter práticas sustentáveis de produção e focam um público disposto a pagar mais caro por mercadorias diferenciadas, mais naturais e que não contam com o uso de agrotóxicos, medicamentos e outros insumos químicos. Porém, todos esses produtores devem agora iniciar uma corrida. Até o fim do ano, eles têm que se credenciar junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que, caso cumpram as especificações, passem a receber um selo único conferindo ao produto o status de orgânico.
O selo vai valer para todos os tipos de produtos agropecuários que garantam técnicas orgânicas em seu cultivo ou criação, das hortaliças à carne bovina.
A entrada do Ministério para regulamentar o setor vem em bom momento. Todo mundo quer ser ecologicamente correto, mas existe uma série de fatores e diversos protocolos que precisam ser seguidos antes de o produto receber o selo.