O setor vitivinícola cobra do governo, há muito tempo, soluções imediatas dos problemas enfrentados a fim de evitar uma nova crise. O assunto voltou ao debate novamente na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa na última quinta-feira, dia 9 de agosto.

O setor vitivinícola cobra do governo, há muito tempo, soluções imediatas dos problemas enfrentados a fim de evitar uma nova crise. O assunto voltou ao debate novamente na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa na última quinta-feira, dia 9 de agosto.
O setor necessita urgentemente de soluções para reverter esse momento crítico. A vitivinicultura gaúcha e brasileira está crescendo em volume de produção, área de vinhedos cultivados, estoques de vinhos e derivados.
As vendas, por sua vez, estão decrescendo no comparativo com anos anteriores, e isso faz com que a projeção para o final do ano seja o de que teremos em estoque o maior volume de vinho de toda a história.
Ninguém duvida da importância socioeconômica desse setor, que só na produção de uva envolve mais de 18 mil famílias de agricultores familiares.
Modernizar e qualificar
O setor precisa se qualificar cada vez mais. A implantação do tão falado Programa de Modernização da Vitivinicultura, que tem por objetivo promover avanços tanto na base tecnológica de produção de uva e de elaboração de vinhos e derivados quanto no estabelecimento de uma nova relação entre o viticultor e a indústria vinícola é mais do que urgente.
Apoio
O apoio recebido por parte dos governos do Estado e Federal nos últimos anos ainda não foram suficientes para evitar os desequilíbrios entre a produção e comercialização dos produtos vitivinícolas. Nos últimos anos a produção de uva e, consequentemente, de vinhos e derivados, tem crescido além das necessidades do mercado.
Diante disso, precisamos de uma ação forte envolvendo os poderes constituídos dos municípios, Estado e do governo federal para, juntos, buscarmos os instrumentos e as políticas públicas capazes de garantir a sobrevivência do setor em curto, médio e longo prazo.
O setor tem demandas conjunturais e a mais urgente e necessária é a adoção de uma política de redução de estoques em 30% por meio do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para facilitar a comercialização de sucos e vinhos para outros mercados. Como segundo pleito está a necessidade de adoção da medida de salvaguarda contra os vinhos importados, que hoje detém mais de 80% do mercado de vinhos finos.
Demais pleitos
Maior controle e fiscalização; inclusão na legislação das vinícolas no Simples Nacional; regulamentação da produção artesanal de vinhos e derivados da uva e do vinho.
Por fim, queremos salientar a importância do apoio de todas as autoridades, a começar pelos municípios, para que os pleitos e as demandas sejam viabilizadas para evitarmos maiores problemas na próxima safra.
A responsabilidade é de todos. E cada um, a começar pelos produtores, tem o seu papel a cumprir para que possamos enfrentar a crise e fazer com que o setor vitivinícola seja cada vez mais forte e desenvolvido. Mais do que palavras, precisamos de ações concretas.