Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Multinacionais

A economia brasileira atravessa um perigoso processo de desnacionalização. Somente no primeiro semestre deste ano 167 companhias cujos proprietários eram brasileiros foram compradas por multinacionais de outros países por meio de operações de fusões e aquisições.

A economia brasileira atravessa um perigoso processo de desnacionalização. Somente no primeiro semestre deste ano 167 companhias cujos proprietários eram brasileiros foram compradas por multinacionais de outros países por meio de operações de fusões e aquisições. Atualmente, capitalistas estrangeiros controlam mais de 50% do parque industrial do Brasil. O problema não é novo. Tem raiz na história da formação tardia e dependente do capitalismo brasileiro. Mas ganhou nova dimensão nas últimas décadas.
Lucro
As remessas de lucros e dividendos para o Exterior crescem na proporção direta da desnacionalização. Aumentaram 262,92% entre 2003 e 2011, ano que a riqueza enviada pelas multinacionais ao Exterior bateu novo recorde, alcançando US$ 38,1 bilhões, sangria que se transformou na principal causa do déficit na conta corrente do balanço de pagamentos. Cabe destacar que só o ramo automobilístico transferiu US$ 5,58 bilhões, 36,1% a mais que em 2010. O Brasil é um verdadeiro paraíso para as multinacionais do setor automobilístico, que por aqui obtêm uma taxa de lucros três vezes maior que nos EUA, pelo menos duas vezes superior à média mundial – estimada em 10% pelos especialistas, depois de deduzidos os custos de produção e impostos. A explicação está no preço absurdo dos veículos, impostos pelos oligopólios, que supera em mais de 200% o valor praticado no Exterior. Lucro de montadora no Brasil é maior do que em qualquer lugar do mundo.
Benefícios às montadoras. E os produtores rurais?
As montadoras também contam com a generosa redução do IPI para automóveis, cuja prorrogação até o final de outubro foi anunciada pelo Ministério da Fazenda. Nada disto impede que as multinacionais reservem aos seus operários um tratamento carregado de desprezo e arrogância, demitindo em massa ou ameaçando demitir no primeiro sinal de crise. Enquanto isso, os produtores rurais vivem reivindicando a redução dos impostos incidentes sobre máquinas e insumos agrícolas, sobre o vinho e derivados e não são atendidos pelo governo. Não seria mais importante apoiar quem produz alimentos do que aqueles que produzem máquinas?
Os lucros e dividendos remetidos pelas transnacionais ao Exterior são subtraídos dos investimentos líquidos realizados na economia brasileira e contribuem de forma considerável para a redução do potencial de desenvolvimento nacional, além de causar o rombo na conta corrente do balanço de pagamentos. Por esta e outras razões é urgente colocar um freio em tais remessas, ampliando as taxações e os mecanismos de restrição.
Oligopólios
As empresas têm exorbitantes lucros e, na produção primária, o preço sequer cobre os custos de produção. É igualmente necessário combater a liberdade incondicional dos oligopólios na formação dos preços. Não se justifica a distância abismal da taxa de lucros no Brasil, que é o quarto maior consumidor de automóveis do globo em relação ao resto do planeta. É evidente que falta ao governo uma política industrial soberana para reverter a desindustrialização em marcha, deter a sangria provocada pelas remessas e estabelecer novas regras no relacionamento com as multinacionais.
Encontro da Família Sgarioni
A comunidade da Linha 80, em Otávio Rocha, sedia no dia 13 de outubro o 1º Encontro da Família Sgarioni. A programação prevê missa de ação de graças às 10h e, às 12h30min, almoço colonial no salão da localidade. Oriundos de Cremona, na Itália, a primeira família a desembarcar no Brasil, no porto de Paranaguá (SC), em 1887, foi a de Giovanni Sgarioni e Rosa Rigoneli. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelos e-mails c_araldi@hotmail.com e sirleisgarioni@gmail.com ou pelos telefones (54) 9965.8797 (com Cristina Araldi), (54) 3279.5273 (Neuza Sgarioni) e (54) 3537.7233 (Sirlei Sgarioni).
Cavalgada de São Martinho
A comunidade de São Martinho realiza no dia 30 de setembro a 6ª Cavalgada e o 6º Gaitaço. A homenagem ao santo padroeiro da localidade inicia às 8h e reúne cavalarianos, gaiteiros, simpatizantes e comunidade. O encontro diferenciado e tradicional atrai os moradores para confraternização, onde são cultuados valores religiosos, culturais, históricos e sociais. A cavalgada parte do trevo de acesso à Nova Pádua, com parada na comunidade do Travessão Alfredo Chaves. Após, segue para São Martinho com previsão de chegada às 11h. A partir desse horário haverá culto crioulo e, após, almoço festivo. Reservas para o almoço com a comissão organizadora pelos telefones 3297.5032 (Antônio Caldart), 3297.5289 (Domingos Caldart), 3297.5278 (Domingos Galioto) e 3297.5320 (Simas e Moisés Caldart).