Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Imposto sobre o vinho

A carga tributária incidente sobre o vinho brasileiro é muito pesada.

A carga tributária incidente sobre o vinho brasileiro é muito pesada. Os percentuais superam 50%, que é um absurdo. No preço final de uma embalagem de vinho o valor representa ainda mais.
Se compararmos com outros países, como por exemplo, no Uruguai os encargos ficam em 20% e na Argentina cerca de 30%. Além disso, temos a guerra fiscal entre os estados que traz enormes prejuízos a toda cadeia vitivinícola nacional.
Precisamos buscar alternativas e fazer as devidas alterações na legislação para acabar com essa injustiça em relação a um produto tão importante que gera, além desses impostos, empregos, renda e mantém milhares de pequenos agricultores familiares na produção de uva.
Em defesa do Simples
Um estudo realizado pelo setor e apresentado ao Governo Federal defende o enquadramento das vinícolas no Simples Nacional. Hoje o vinho se enquadra como bebida alcoólica e como todas as demais está fora dessa modalidade.
A grande maioria das vinícolas são de pequeno porte e se enquadrariam no Simples Nacional.
Essa seria uma forma de desonerar e simplificar a pesada carga de taxas e impostos que sobrecaem sobre as vinícolas.
Outras medidas
Além da redução dos tributos o setor vitivinícola precisa da adoção de outras medidas para que possa ser competitivo em relação aos países concorrentes.
Entre elas destacamos algumas que no nosso entender são de extrema importância e ajudariam a aumentar o consumo do vinho: melhorar o acesso ao mercado através de uma logística mais eficiente, promover a cultura do vinho através de ações de educação ao consumo, continuar com os programas de escoamento da produção através de leilões da Conab, recuperar os produtos que antigamente eram elaborados com vinho (conhaque, vermute e vinagre), incluir o suco de uva na cesta básica.
Todas essas e outras medidas contribuiriam para aumentar o consumo, diminuir os estoques e conseqüentemente valorizar a uva que nos últimos anos não tem remunerado sequer o custo de produção e a perdurar esse quadro, o produtor se sentirá desestimulado em continuar produzindo.