Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Importações de alho

O Brasil importou no mês de janeiro de 2010, 11.510.960 Kg de alho “in natura”, ou 1,15 milhões de caixas de 10 Kg.

O Brasil importou no mês de janeiro de 2010, 11.510.960 Kg de alho “in natura”, ou 1,15 milhões de caixas de 10 Kg. Mesmo no período de safra do alho argentino, novamente foi a China a maior fornecedora, com 617 mil caixas de 10 Kg. A Argentina exportou em janeiro de 2010 para o Brasil apenas 533 mil caixas. Falamos apenas 533 mil caixas, pois era tradição a Argentina mandar no primeiro mês de cada ano, algo como um milhão de caixas, como aconteceu em 2007 e 2008. Já no ano passado diminuiu um pouco, chegando a 784 mil caixas de 10 Kg. Por outro lado, se diminuíram as ofertas de alho argentino, os chineses ocuparam esse espaço, passando de 330 mil caixas em janeiro de 2008, para 402 mil caixas em janeiro de 2009 e, agora, 617 mil caixas. Dados interessantes são esses a seguir e comprovam a preocupação dos argentinos em relação ao seu principal mercado de alho, que é o Brasil. Alhos “precoces” da Argentina são ofertados no Brasil a partir do mês de novembro de cada ano, em especial o alho de semente chinesa. Pegando o período de novembro de 2007 a janeiro de 2008, a Argentina exportou para o Brasil 2,28 milhões de caixas, diminuiu para 1,61 no ano seguinte e atingiu menos que 50% no primeiro período citado, agora de novembro de 2009 a janeiro de 2010 com apenas 1,07 milhões de caixas. Essa menor oferta do alho argentino foi suprida com alho chinês que no primeiro período – novembro de 2007 a janeiro de 2008 ofertou 907 mil caixas, depois 1,77 milhões e agora, de novembro de 2009 a janeiro de 2010 2,47 milhões de caixas de 10 Kg. Aqui no sul, a procura pelo alho é grande e muitos atacadistas/comerciantes que há anos aqui não apareciam deram as caras esse ano. Não há registro recente de preços tão elevados no mês de janeiro. Isso é fruto da luta da Associação dos Produtores. Como a produção do sul é pequena e os produtores foram alertados nos encontros e reuniões de produção e comercialização do alho, promovidos pela Associação Gaúcha dos Produtores de Alho – Agapa e pela Associação Nacional dos Produtores de Alho - Anapa, os preços não caíram como normalmente ocorre no início da temporada. Esperamos que esse quadro se mantenha para os próximos anos. Campanha Conforme decisão tomada por ocasião da realização do Encontro Nacional dos Produtores de Alho, realizado em Campestre da Serra, no dia 20 de novembro de 2009, lembramos aos produtores de alho sobre a importância de colaborar com a Associação Nacional dos Produtores de Alho – Anapa. A contribuição, conforme decisão dos próprios produtores, é no valor correspondente a R$ 20,00 por hectare, que será descontado no ato da comercialização pelo comprador, que por sua vez fará o depósito na conta da Anapa. É importante a colaboração de todos a fim de fortalecer a luta da Anapa em favor dos produtores de alho.