Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Importação afeta preço do alho

A colheita do alho finalizou sob a ameaça de preços em baixa

A colheita do alho finalizou sob a ameaça de preços em baixa. Se a valorização do produto seguir a tendência verificada no Centro-Oeste do país, assim que chegar ao mercado, neste mês, o bulbo gaúcho deve ser negociado entre R$ 2 e R$ 3 ao quilo, bem abaixo dos R$ 5,50 na largada da colheita da safra 2010/2011. O cenário é resultado do ingresso do alho chinês no mercado nacional, problema que se arrasta há anos sem solução e que, nos últimos meses, foi agravado pela queda do preço do produto em dólar na China. Para tentar angariar o apoio do governo, lideranças estiveram reunidas no início do ano com o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. Solicitaram medidas de proteção, tanto referente à fiscalização sanitária e comercial quanto à política de preço mínimo e combate à importação ilegal. Mendes disse que o assunto está na pauta. Nossa política é se adiantar ao problema.
Aguardamos providências urgentes do governo no sentido de proteger a produção nacional e reverter os preços, pois nesses patamares é inviável continuar produzindo alho no Brasil, onde o preço sequer cobre o custo de produção.
Novas regras para o crédito rural
O Ministério da Fazenda estima que até o início da nova safra, em julho de 2012, entrem em vigor as mudanças previstas para o Manual de Crédito Rural. O objetivo do governo federal é simplificar as normas de concessão de financiamentos. As alterações são estudadas há cerca de um ano e precisam ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As alterações são basicamente técnicas e substituirão algumas siglas. O objetivo principal destas mudanças é simplificar as operações de crédito, tanto para o usuário quanto para as instituições financeiras. O foco é no beneficiário final, que é o produtor rural. Ou seja, ele vai ter condições de consultar o manual, entender o que está definido nele para poder contratar as linhas com segurança.
O atual Empréstimo do Governo Federal (EGF) passará a se chamar Financiamento para Estocagem de Produtos Vinculados a Política de Preços Mínimos (FGPM). Além disso, de acordo com as novas regras, as linhas especiais de crédito serão substituídas pelo FGPM. O governo pretende ter maior controle sobre as operações e saber é qual o real destino dos financiamentos feitos por produtores rurais, cooperativas e agroindústrias.
Espera-se que o produtor rural tenha menor custo na hora de fazer a contratação do crédito. Ele contrata uma única vez e vai renovando ano a ano com a instituição financeira, mediante a apresentação de informações que digam se ele vai produzir o mesmo produto ou vai precisar da mesma quantidade de recursos. Ele já tem um crédito pré-estabelecido junto ao banco e simplesmente precisa comprovar qual a cultura que vai produzir em cada safra.