Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Fertilizante a partir de lixo orgânico

A pesquisa desenvolveu um aparelho...

A pesquisa desenvolveu um aparelho capaz de transformar lixo orgânico em adubo. Esse processo de reutilização das sobras é conhecido como compostagem e é usado como alternativa para fertilizar o solo em pequenas propriedades.
Normalmente, a compostagem consiste em depositar cascas de frutas ou restos de vegetais no solo, e a decomposição natural, provocada por bactérias, cria o adubo. No entanto, a prática causa mau cheiro e atrai insetos. A técnica desenvolvida na Unesp tem a vantagem de ser feita num contêiner fechado, e não gera nenhum desses problemas.
A preocupação é dar um destino mais correto para o lixo gerado pelas empresas. Se não for bem tratado, o lixo gerado pela indústria alimentícia pode se tornar um fator de poluição.
O aparelho
O lixo fica armazenado num contêiner fechado, onde o processo ocorre naturalmente. As bactérias presentes no próprio material orgânico o consomem. Quando o processo termina, o material que resta pode ser usado como fertilizante.
A grande preocupação que se deve ter durante a transformação é com os níveis dos gases dentro do contêiner. As bactérias consomem oxigênio e liberam gás carbônico. Por isso é necessário saber a hora certa de injetar oxigênio para dentro do contêiner.
No protótipo, os pesquisadores usaram um analisador de gás. A máquina mede os níveis de oxigênio e revela os momentos ideais para a realização das trocas de gases. Quando o oxigênio dentro do contêiner deixa de ser consumido, é sinal de que as bactérias já consumiram todo o alimento que podiam e morreram de fome. Isso significa que todo o lixo foi transformado em fertilizante e ele pode ser retirado.
Tomate agroecológico custa 84% menos
Sem usar pesticidas ou outros tipos de defensivos, a produção agroecológica pode reduzir os custos do cultivo de tomate em cerca de 84%.
A plantação sem agrotóxicos ou aditivos químicos foi comparada a outras feitas de maneira tradicional. Percebe-se que a taxa de infestação por bactérias, fungos e doenças é muito menor nessas condições.
Com isso são necessários gastos muito menores para manutenção da cultura. Na produção tradicional cada pé de tomate tem um custo de manutenção médio de R$ 5,00, enquanto no cultivo orgânico o gasto é de apenas R$ 0,80 por tomateiro.
A produtividade das culturas agroecológicas é, entretanto, substancialmente menor do que a das lavouras convencionais. Na produção orgânica se obtém uma média de 100 caixas de 25 quilos por mil pés cultivados. As tradicionais alcançam a marca de 250 caixas a cada mil pés.
O preço de venda é o diferencial. O preço médio por caixa do tomate orgânico pode chegar a 300% a mais do que o preço do tomate tradicional. O problema todo é conseguir produzir sem agrotóxicos. Mas é importante pensar sobre isso.
A menor produtividade se compensa em um menor custo e uma maior renda. Os resultados obtidos com o tomate também podem ser alcançados em outras culturas.