Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Déficit orçamentário

A impressão é que o governo não dá muita importância a esse tema e prefere mais uma vez colocar a mão no bolso do contribuinte.

Manter a esperança
Nos últimos meses as notícias ruins têm tomado conta da vida dos brasileiros, com destaque para a crise política e econômica, com a presidente da República se mantendo com os índices de popularidade mais baixos da história recente. Na economia, pela primeira vez o governo federal encaminhou para o Congresso a lei orçamentária prevendo um déficit de R$ 30,5 bilhões. A dívida do país representa 70% do PIB e com isso o Brasil perdeu o selo internacional de bom pagador. Diante dessa triste realidade, o agricultor segue trabalhando e lutando na busca de ideais, promovendo o progresso do país.
Entretanto, o governo não consegue equilibrar suas contas e transfere mais uma vez o prejuízo para a população. Tentou ressuscitar a CPMF e não conseguiu. Agora apela para o aumento da alíquota do Imposto de Renda e aumento das contribuições sobre os combustíveis entre outras medidas. Ou seja, o povo vai pagar esta conta duas vezes. Primeiro com a precarização dos serviços e depois com o aumento dos impostos para sacar mais dinheiro do contribuinte.
Dentro desse clima de negatividade e notícias não tão boas, precisamos manter viva a esperança, não esmorecer e muito menos desanimar. Temos que nos unir e continuar trabalhando para recolocar o país e o Estado no caminho do crescimento e do desenvolvimento. E exigir dos governos mudança de atitude, como adoção de práticas administrativas eficientes, cobrança de sonegadores, combate ao contrabando e outras práticas nocivas que tanto prejudicam a nação e que sangram os cofres públicos.

Déficit orçamentário
O momento econômico vivido pelo Brasil é preocupante e repercute em todos os setores de economia, principalmente no setor primário que produz os alimentos e gera impostos, empregos e riqueza para a nação. Vejamos: os números do orçamento efetivado pela União em 2014 mostram que o governo pagou para amortizar a dívida, nada mais, nada menos do que R$ 948 bilhões. Isso representa 45% da arrecadação do mesmo período. E tem mais: para cobrir o déficit estimado em R$ 30 bilhões para o próximo ano, está estudando medidas para aumentar a arrecadação.
O governo faz isso em vez de tomar outras medidas como a de combater o contrabando que movimenta R$ 500 milhões por ano. Essa sim seria uma alternativa de renda e de receita para os cofres públicos, sem falar na sonegação de impostos e tributos. Mas a impressão é que o governo não dá muita importância a esse tema e prefere mais uma vez colocar a mão no bolso do contribuinte, obrigado a pagar uma conta que não é dele.

Palestra sobre o CAR
Venha esclarecer suas dúvidas sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) na palestra com Elon Davi Jaguszewski, na próxima quarta-feira, dia 30 de setembro, às 19h30min, no salão paroquial de Flores da Cunha.