Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Custo da uva Safra 2015-2016

  • 14 de Agosto de 2015 às 08:00

Os produtores de uva estão vivendo uma nova realidade e o setor passa por uma fase de reestruturação e modernização.

A Comissão Interestadual da Uva, composta pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) da Região Vitícola do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, está concluindo o levantamento de custo de produção da uva comum para a Safra 2015-2016.
A Comissão e os Sindicatos representam aproximadamente 20 mil pequenos estabelecimentos rurais. As referidas propriedades têm grande importância econômica e social. São na grande maioria pequenos agricultores familiares que cultivam áreas médias de 2,5 hectares e que têm na viticultura a principal fonte de renda.
Os produtores catarinenses e gaúchos respondem por mais de 90% das uvas produzidas para as indústrias vinícolas, envolvendo mais de 100 mil pessoas no trabalho direto e indireto. Os produtores de uva estão vivendo uma nova realidade e o setor passa por uma fase de reestruturação e modernização. O mercado é cada vez mais exigente, de tal forma que o produtor deve investir sempre mais em tecnologia para se tornar competitivo. As máquinas, equipamentos e insumos têm elevado custo para aquisição e manutenção. A mão de obra, além de escassa, é cada vez mais cara. A Comissão Interestadual da Uva preocupa-se também com o desenvolvimento da propriedade, procurando tornar o viticultor mais competitivo e, para tanto, em conjunto com outras entidades, desenvolve cursos de capacitação e formação de viticultores.
Os produtores esperam que o valor do preço mínimo da próxima safra contemple o custo de produção levantado por esta Comissão e que seja garantido seu cumprimento conforme estabelece a lei – e que o prazo de pagamento seja respeitado. É preciso que os produtores de uva e as indústrias vinícolas mantenham unidade e maturidade para discutir o futuro do setor, os problemas que se apresentam e as alternativas a serem adotadas capazes de estabelecer uma nova ordem, de aprimorar a tecnologia de produção, melhorar a qualidade da matéria-prima e dos produtos industrializados e buscar novos canais de comercialização para competir com segurança no mercado.
O custo de produção da uva serve de referência para balizar as negociações e definição do preço de mercado da próxima safra. O preço deve ser justo e para tal, deve no mínimo cobrir o custo de produção.