Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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Código Florestal e seus avanços

A nova lei também não abriga a recomposição da reserva legal de 20% para os agricultores familiares.

Código Florestal e seus avanços
O Código Florestal aprovado em 2012 trouxe muitos avanços para a agricultura familiar, tais como a recomposição das áreas de preservação permanente (APPs) na beira de rios de 5m, 8m, 12m e 15m, respectivamente, dependendo do tamanho da propriedade, a partir da calha natural do rio. Pelo antigo código, a recomposição deveria ser no mínimo de 30m, ou seja, mais que o dobro. No caso das nascentes e olhos d’água, a nova lei exige somente 15m de recomposição e não de 30m. A nova lei também não abriga a recomposição da reserva legal de 20% para os agricultores familiares.
Esses avanços no Código Florestal estão sendo ameaçados por um conjunto de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) que estão tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF), voltando às exigências da lei anterior. Se aprovadas irão barrar esses avanços que foram conquistados com muito trabalho e cerca de 80% das propriedades rurais retornarão à ilegalidade, por absoluta falta de condições de atender e cumprir a velha legislação. Por isso estamos trabalhando para que a legislação atual seja mantida e que seja respeitado o que o Congresso aprovou, não permitindo que se cometa mais esse equívoco desastroso para os pequenos agricultores que precisam trabalhar e manter suas famílias e propriedades com tranquilidade.

Pela ética, moral e Justiça
Diante do cenário de instabilidade política, econômica e social que passa nosso país, a posição do STR é de apoio total no combate à corrupção e na defesa da ética, da moral e da Justiça. Quem realmente sente o prejuízo da corrupção, arraigada nos mais diversos setores da economia e da política, são os trabalhadores desse país. São homens e mulheres que todos os dias procuram serviços de saúde e não encontram, precisam de segurança e têm medo, precisam de escolas e muitas vezes o que recebem é uma estrutura precária, só para citar alguns serviços que o país deveria oferecer e com qualidade, pois o povo paga caros tributos.
Outros temas, não menos importantes, como a Reforma da Previdência Social, que pretende retirar benefícios dos trabalhadores rurais que produzem 70% dos alimentos, também merecem nosso repúdio. Defendemos que todas as suspeitas de desvios de recursos públicos sejam investigadas, punindo exemplarmente os culpados e exigindo que devolvam os valores aos cofres públicos. Por fim, entendo que o nosso papel é defender a categoria em suas necessidades sempre de forma ordeira, pacífica e apartidária.