Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

Água disponível para a agricultura

As mudanças climáticas irão afetar drasticamente...

As mudanças climáticas irão afetar drasticamente a disponibilidade de água destinada à produção de alimentos. A produtividade dos cultivos também sofrerá alterações nas próximas décadas. As conclusões são do estudo “Mudança climática, água e segurança alimentar” feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O relatório indica que deve haver uma aceleração do ciclo hidrológico do planeta, já que a alta das temperaturas elevará a taxa de evaporação de água da terra e do mar. A chuva aumentará nos trópicos e em latitudes mais altas, mas diminuirá nas regiões que já são secas ou semiáridas e no interior dos grandes continentes.
Segundo a FAO, o aumento das temperaturas estenderá a temporada de crescimento dos cultivos nas regiões temperadas do norte e reduzirá sua duração na maioria dos outros lugares do planeta. Isso, unido à maior taxa de evaporação, provocará uma queda do potencial de rendimento dos cultivos.
Com o objetivo de responder aos desafios apresentados pela mudança climática, a FAO também propõe algumas iniciativas como a “contabilidade da água”, uma medição meticulosa da provisão, as transposições e as transações comerciais de água.
Energia renovável
Com quase metade da matriz energética composta por fontes renováveis, o Brasil tem potencial para ampliar a produção de energia limpa e tornar-se uma potência energética mundial.
O país está em uma posição estratégica excepcional, tem terra, água, sol, capacidade de trabalho, tecnologia e vontade de colocar esses recursos a serviço da sociedade.
A Petrobras produz etanol e biodiesel em 14 usinas, uma delas em Moçambique, na África. Nos próximos dois anos, a empresa planeja iniciar a comercialização do biocombustível para avião.
O Brasil pode praticamente dobrar sua capacidade de produção de etanol sem necessidade de utilizar novas terras. Atualmente a produtividade brasileira é de 7 a 7,5 mil litros por hectare de cana, mas pode chegar a 12 mil litros somente com a utilização de novas tecnologias.
Energia eólica
Outra fonte promissora de geração elétrica ainda pouco explorada no Brasil é a eólica. Essa fonte, além de abundante, é economicamente viável. O Brasil poderá ser uma megapotência em área de energia renovável. Apesar dessa enorme capacidade, a energia eólica contribui com menos de 1% da energia produzida no Brasil, com uma produção de apenas mil megawatts. A meta do setor é chegar a cinco mil megawatts em 2013. Para 2020, o projeto é responder por 10% do total.
Na Dinamarca a geração eólica pode atingir 53% do total, enquanto na Espanha pode responder por 44%, dependendo dos meses.
Demanda
A demanda por energia nos próximos anos crescerá vertiginosamente. Somente no Brasil, em 2020 o consumo poderá crescer em 60%. No mundo, 20% da população ainda vive sem acesso ao serviço, o que corresponde a cerca de 1,5 bilhão de pessoas.