Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

Contatos

A reforma penaliza os mais humildes

As ações junto às Câmaras de Vereadores também foram fundamentais, bem como o abaixo-assinado, entre outras tantas ações promovidas na defesa dos direitos dos trabalhadores. 

A reforma penaliza os mais humildes
O que percebemos nos últimos meses sobre a Proposta de Emenda Constitucional PEC 287, que trata de reforma da Previdência Social, nos dá certeza de que tanto os governos como boa parte dos deputados estão muito distantes da realidade que vive a maioria do povo brasileiro, em especial os mais pobres e necessitados e que mais precisam do amparo da máquina pública. Enganou-se o governo que pensava aprovar a reforma da Previdência na íntegra. Pois os sindicatos fizeram movimento muito forte para mudar o projeto original para impedir a penalização dos que ganham menos. De todos os aposentados, 67% ganham apenas um salário mínimo e nesses estão incluídos todos os trabalhadores rurais.
Aqui no Rio Grande do Sul promovemos fortes mobilizações dos agricultores, as quais se espalharam pelo Brasil. As ações junto às Câmaras de Vereadores também foram fundamentais, bem como o abaixo-assinado, entre outras tantas ações promovidas na defesa dos direitos dos trabalhadores. 
Os trabalhadores rurais foram os que mais lutaram e avançaram nas negociações. Entre os avanços, destacamos a manutenção da pensão por morte e a idade de 60 anos para o homem e da mulher em 57 anos – a exigência original era de 65 anos para todos e a redução da contribuição de 25 para 15 anos. Entretanto, as alterações ainda não atendem totalmente nosso pleito. Precisamos continuar a luta para a permanência da idade de 55 anos para aposentadoria das mulheres e a manutenção da forma de contribuição sobre a comercialização da produção e não de forma individual e direta como pretende o governo.
Para os trabalhadores urbanos, os mesmos terão de trabalhar e contribuir por mais tempo e se aposentarão mais tarde e com valor menor, porque passará a vigorar a média sobre 100% das contribuições e não mais da 80% melhores contribuições como é atualmente. Mesmo cedendo em alguns pontos, a reforma é cruel e injusta, pois penaliza os mais pobres e humildes, enquanto que aqueles que ganham altos salários ficaram fora da reforma.

Recados
Lembro a todos os agricultores as várias atividades em relação à sua propriedade:
– Cadastro Vitícola iniciou no dia 22 de maio e vai até 5 de julho, conforme calendário.
– Vacina contra febre aftosa vai até quarta-feira, dia 31 de maio, para todos os bovinos e bubalinos.
– Recolhimentos das embalagens de agrotóxicos nos dias 29, 30 e 31 de maio, conforme calendário.