Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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A podridão branca no alho e cebola

A podridão branca é uma doença causada pelo fungo Sclerotium cepivorum e considerada a pior doença do alho e da cebola, podendo provocar danos também nas culturas da cebolinha e alho-poró. A doença é muito destrutiva,

A podridão branca é uma doença causada pelo fungo Sclerotium cepivorum e considerada a pior doença do alho e da cebola, podendo provocar danos também nas culturas da cebolinha e alho-poró. A doença é muito destrutiva, podendo causar grandes perdas em lavouras instaladas em locais altamente infestados pelo patógeno e sob condições ambientais favoráveis. O fungo causa a podridão dos bulbos do alho e da cebola e impossibilita sua comercialização. Além disso, o fungo tem alta capacidade de sobrevivência no solo, inviabilizando por vários anos o cultivo de cebola e alho após a sua introdução.
Sintomas da doença
Os sintomas da doença podem ser observados na parte aérea pelo menor crescimento das plantas, amarelecimento e morte das folhas mais velhas, seguida da morte da planta e apodrecimento dos bulbos e das raízes.
Disseminação
A doença se dissemina por restos vegetais e materiais propagativos, como bulbilhos de alho, mudas de cebola e cebolinha contaminados; por água de irrigação contaminada pelo fungo e pelo escoamento de enxurrada na superfície de lavouras infestadas e localizadas acima da área de cultivo; por máquinas agrícolas, ferramentas contaminadas; e pelo trânsito de trabalhadores e animais.
Riscos
Uma vez presente é impossível erradicar o fungo da área. Mesmo realizando rotação com culturas não hospedeiras por anos consecutivos não se reduz de forma satisfatória a população do patógeno. O fungo permanece por até 20 anos no solo.
Controle
Não existe cultivar de alho, cebola e cebolinha com resistência genética à podridão. Não existem produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle da podridão, e poucos são os registrados para o alho. Desta forma, um conjunto de ações preventivas deve ser adotado. A maior medida de prevenção é o plantio de alho-semente e mudas de cebola e cebolinha sadias em áreas isentas do patógeno, visto que o uso de material contaminado é uma das principais formas de disseminação para novas áreas. Recomenda-se o tratamento da semente com fungicidas específicos e registrados para este fim.
O compartilhamento de máquinas, equipamentos e ferramentas entre propriedades ou a utilização destes em diferentes lavouras dentro da mesma propriedade deve ser feita após limpeza minuciosa. O trânsito de pessoas é outro meio de disseminação da doença que deve ser controlado. Devem-se evitar plantios próximos a lavouras velhas ou em áreas de baixadas sujeitas ao alagamento ou ao escoamento de enxurradas provocadas por chuvas ou irrigações. A água de irrigação deve ser de boa qualidade e isenta do patógeno.