Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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A importância do agronegócio

Sabemos que o agronegócio brasileiro ocupa uma posição...

Sabemos que o agronegócio brasileiro ocupa uma posição de destaque no cenário internacional. Também é verdade que o agronegócio vem crescendo continuamente em nosso país, o que está refletido nos esforços do governo para apoiar as atividades agropecuárias, disponibilizando um maior crédito rural a cada safra. Na última, por exemplo, o crédito rural atingiu o montante de R$ 107,2 bilhões, o que representa um aumento de 7,2% em relação à safra passada (Fonte: Mapa).
Para ter uma noção da importância do agronegócio para a economia brasileira, devemos ter em mente que o setor é responsável pelo saldo positivo da nossa balança comercial. Em 2010, o saldo da indústria e serviços somados ficou em R$ 43,6 bilhões negativos; já o saldo do agronegócio foi de R$ 63 bilhões, resultando num saldo final positivo de R$ 19,4 bilhões (Fonte: Secex).
O risco e o seguro rural
Os produtores agrícolas brasileiros vêm sofrendo com as intempéries naturais. O granizo, a geada e a estiagem foram extremamente severos nos últimos anos, o que reduziu consideravelmente a produtividade de algumas culturas. Neste sentido, o Seguro Agrícola constitui-se numa ferramenta essencial de gerenciamento dos riscos no campo. A partir da indenização do Seguro após uma catástrofe climática, os produtores mantêm-se capitalizados para investir na próxima safra, o que dá fôlego ao agronegócio e movimenta a economia do país.
Com o trabalho e a persistência dos STRs, o governo federal criou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, tornando o Seguro Agrícola uma realidade bem mais acessível ao produtor rural. O programa funcionou bem nos primeiros anos, porém houve cortes a partir de 2010. A verba estipulada pelo Plano Trienal (2010 a 2012) não foi liberada em sua integralidade. Em 2011, foram liberados apenas R$ 253,5 milhões, o que representa apenas 0,24% do crédito rural disponibilizado para esta safra.
Apesar da constante cobrança junto ao governo, infelizmente em 2012 a situação segue indefinida e ainda nenhum recurso foi liberado. É preciso que, pelo menos, a verba estipulada pelo Plano Trienal seja liberada em sua integralidade, sob pena dos produtores iniciarem mais uma safra com suas lavouras desprotegidas, entregues à força da natureza.
Preço do alho começa reagir
A Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa) não está medindo esforços para melhorar a comercialização do alho e, com isso, tentar recuperar os preços que caíram pela metade se comparados com a safra anterior. Nesse sentido, nos últimos meses, tivemos várias reuniões com os ministérios e com a Receita Federal. Como resultado, o governo afirmou que vai cuidar das importações com muito rigor e já barrou o subfaturamento.
Dessa forma o preço começa a reagir. Portanto, estamos mais animados e acreditamos numa melhora no mercado e, consequentemente, nos preços praticados pelo mesmo. Precisamos nos organizar mais para vender melhor e de forma padronizada. Qualidade já temos.