Olir Schiavenin

Olir Schiavenin

Informativo Rural

Olir Schiavenin atua pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua há mais de vinte anos. É membro da Coordenação da Comissão Interestadual da Uva, preside a Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA) e é vice-presidente Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA). Além disso, coordena a Comissão Agropecuária do Corede-Serra e Centro da Agricultura Familiar de Veranópolis.

O sindicalista também está inserido nos meios acadêmicos. É bacharelando em Filosofia e Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul. Schiavenin escreve para O Florense desde a sua fundação – em 1986. Sua coluna é um espaço informativo e de fundamental importância para a categoria. 

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A importância da rotação de culturas

Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) alertam...

Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) alertam para a importância de se adotar plantas de cobertura e fazer a rotação das culturas. As pesquisas também revelam que mesmo no campo semeado de forma permanente alternar a lavoura com plantas de cobertura é fundamental para a saúde do solo e o aumento da produtividade.
As pesquisas indicam que as plantas de cobertura deixam o solo mais nutrido. As espécies semeadas na rotação de culturas também ajudam a reduzir problemas como os nematóides, que estão causando prejuízo em lavouras em várias regiões do Brasil. Além disso, os agricultores já sentem melhora na produtividade a partir de primeiro plantio da lavoura principal.
O Paraná tem 6,5 milhões de hectares cultivados. No entanto, apesar do alto volume de produção, perto de 2,5 milhões ficam sem semeadura entre o outono e o inverno, o que favorece as plantas daninhas, doenças de raiz e fungos de solo. Além disso, o plantio apenas de soja, milho e trigo também aumenta a chance de doenças e erosão. Várias plantas podem ser usadas como cobertura verde, conforme a região e o tipo de solo.
Para o Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e toda a região sul do Brasil, são recomendadas a aveia preta, ervilhaca, o tremoço, o nabo forrageiro, a ervilha forrageira e o centeio. O solo de regiões mais quentes, como o Cerrado e o Nordeste, responde bem principalmente ao milheto, às várias espécies de crotalária e ao sorgo.
Plantar vegetação de cobertura é plantar lucro em curto prazo. O sistema garante, em média, de 10% a 40% a mais em produtividade. E sem prejudicar o ciclo das lavouras comerciais.
Quanto mais intensa for essa rotatividade, essa diversificação, maior o potencial produtivo, mais se produz, menos nutriente se perde, o ambiente vai estar mais protegido, o agricultor com mais produção e mais qualidade de vida.
Produção de sementes e mudas
A produção, o comércio, a exportação, a importação e outras atividades relacionadas a sementes e mudas no Brasil são regidas pela Lei 10.711/03, que instituiu o Sistema Nacional de Sementes e Mudas, regulamentada pelo Decreto 5.153/04.
Para produzir, exportar, importar sementes ou mudas é necessário estar inscrito no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), além do Registro Nacional de Cultivares (RNC).
Para produzir sementes de cultivares protegidas, inscritas no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), é necessário autorização do detentor dos direitos de propriedade intelectual.
Os procedimentos para a exportação e importação de sementes e mudas são detalhados na Instrução Normativa 50/06. A importação e exportação de qualquer quantidade de sementes ou mudas precisam de autorização prévia do Ministério da Agricultura, inclusive para os materiais despachados via postal e aqueles transportados por passageiros em trânsito internacional.
O primeiro passo para quem deseja produzir, exportar, importar, ou realizar qualquer atividade relacionada com sementes e mudas é procurar a orientação do setor de sementes e mudas da Superintendência Federal de Agricultura.
Aqui está mais uma alternativa de agregação de renda e a oportunidade de diversificação da produção para os agricultores familiares.