O relatório final da CPI dos Insumos Agrícolas realizada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul comprovou o que os produtores rurais já denunciavam há muito tempo, ou seja: a formação de cartel e oligopólio no setor de fertilizantes e como conseqüência disso a prática abusiva de preços e a venda de produtos adulterados.

CPI dos Insumos Agrícolas O relatório final da CPI dos Insumos Agrícolas realizada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul comprovou o que os produtores rurais já denunciavam há muito tempo, ou seja: a formação de cartel e oligopólio no setor de fertilizantes e como conseqüência disso a prática abusiva de preços e a venda de produtos adulterados. As conclusões finais do inquérito recomendaram o indiciamento de três empresas multinacionais do ramo de comércio de insumos por infração à ordem econômica. Essas práticas nocivas, além de prejudicar a livre concorrência, aumentaram o preço dos adubos e fertilizantes em média mais de 100%. Isso acarretou num aumento do custo de produção e consequentemente a redução da rentabilidade dos agricultores. Cana de açúcar – alternativa de renda Com o anúncio do zoneamento da cana de açúcar e a inclusão do Rio Grande do Sul nas políticas públicas de financiamento da cultura no país, os produtores rurais gaúchos poderão contar com mais uma alternativa de renda, especialmente os agricultores familiares. O mercado dos biocombustíveis cresce no mundo todo e a produção de álcool a partir da cana pode ser um bom negócio no futuro. A viabilidade da cultura da cana no Estado já foi comprovada por estudos científicos realizados pelas instituições de pesquisa como a Embrapa e a Fepagro. O grande desafio é garantir apoio efetivo e crédito rural com isenções fiscais para os pequenos agricultores. Em 10 anos, segundo a projeção feita pelo estudo do zoneamento, o Rio Grande do Sul poderá se tornar autossuficiente na produção de etanol com uma produção de mais de 60 milhões de litros por dia. Custo de Produção Infelizmente não são nada animadoras as perspectivas do setor agrícola gaúcho para esse ano de 2009. Não bastasse a alto custo de produção da uva e dos demais produtos agrícolas, o mais alto dos últimos 10 anos, a queda no preço dos commodites e em algumas regiões do Estado a seca tornam o cenário ainda pior. Assim como o governo reduziu imediatamente o IPI para o setor automobilístico, os agricultores também precisam de socorro com a redução dos impostos sobre os insumos e máquinas agrícolas e sobre o vinho especialmente para nós do setor vitivinícola. Além disso precisamos urgentemente de mecanismos para reduzir os estoques de vinho e do comprometimento do governo em retirar do mercado aqueles produtos que imitam o vinho e que ocuparam o espaço de mais de 100 milhões de litros da bebida ocasionando com isso essa crise no setor vitivinícola brasileiro, entre outras ações. Também precisamos definir vários itens relacionados com a próxima, entre os quais: preço, prazo de pagamento, valor do frete, funrural, pois a safra está próxima e o produtor precisa dessas definições o quanto antes.