Maurício Pauletti

Maurício Pauletti

é Tão Fácil Ser Feliz

Formado em Direito, Maurício Pauletti é industrial gráfico. No universo das comunicações, Maurício contribuiu como diretor-presidente do jornal O Vindimeiro. Já apresentou o programa Parlavêneto na rádio Vêneto durante 7 anos na década de 90.

Pauletti já presidiu a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e é membro-fundador do Rotary Club florense. Já integrou o Conselho Deliberativo da Sociedade Recretiva Aquarius, presidente da Associação Rio-grandense de Bocha Pontobol e presidente da Liga Florense de Bocha Pontobol. Politicamente, Pauletti já integrou a Câmara de Vereadores de Flores da Cunha pela antiga Arena e hoje é membro do diretório municipal do Partido Progressista (PP).

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O seu nome é amor

Você nasceu nômade, juntamente com os outros. Dessa forma você passará entre os seres humanos e as coisas, os animais e as plantas, por entre as flores e as rochas, as nuvens e a chuva.

Você nasceu nômade, juntamente com os outros. Dessa forma você passará entre os seres humanos e as coisas, os animais e as plantas, por entre as flores e as rochas, as nuvens e a chuva. Por uma trilha que só você conhece, você subirá à montanha, que o convida ao seu cume. Outros virão por encostas diferentes, por trilhas diversas, por culturas e religiões desconhecidas. Para encontrarem-se juntos, lá em cima, no ápice, num único rio de seres humanos. Diante de Deus. Passar. Mas agora vocês já estão seguindo seus caminhos - só seus -, testemunhas da terra que os espera, do chamado universal que os atrai, de uma herança que virá. Porque a terra que lhes dá vida não é aquela que lhes pertence, mas aquela na qual vocês se reconhecerão, finalmente, como irmãos e irmãs. Um dia, até mesmo Deus, como um nômade, desceu da montanha altíssima, para entrar na terra da Judéia. E, ajoelhando-se, curvou-se docemente para beijá-la... Mas beijar uma terra é falar da dignidade dos seres humanos que ela gerou. A dignidade das tradições, crescidas como oliveiras seculares sobre colinas tornadas imortais. Beijar a identidade de um povo, formado lentamente por milênios, como que no ventre de uma mulher. E a esperança que humildemente trará aos outros, em nome de Deus. Porque o Seu nome não era conhecido. Grandeza, poder ou vingança não eram mais do que ídolos criados pelos mesmos seres humanos, para sentirem-se mais fortes e subjugarem mais facilmente os próprios semelhantes. Destruir os muros que separam você do outro. Destruir o ódio e a suspeita, o preconceito e a intolerância, o sentimento de inferioridade e o de superioridade: muros invisíveis, mas muito sólidos, que constroem a exclusão, que separam a vida que flui entre você e aquele que está ao seu lado. Se a mão é diferente do pé e os olhos dos ouvidos, sem terem sido separados, se as folhas de uma planta se diferenciam de seus ramos, sem que seja necessário separá-los, quem, portanto, é separado, vive excluído da vida do outro. Separar é, no fundo, submeter o outro, tornando um mais importante e o outro quase sem valor. Distinguir, no entanto, é sentir com humildade as próprias diferenças. Cada diferença, então, não existirá a não ser para o outro. Cada parte manterá o sentido de um corpo. Um secreto viver-juntos palpitará em cada um de vocês. Porque a vida é existir em si mesmo, mas também trocar com os outros. Assim, num ramo de flores diferentes, cada flor dirá da beleza que possui e do fascínio de estar junto das outras, lançando-se como pontes invisíveis entre as diferenças de forma e de cor. O olhar recíproco de encantamento e de respeito dirá, então, da abertura de um coração ainda jovem, como o seu. Porque ser especial não é exaltar os muros da diferença que separa, mas reencontrar aquilo que ainda os une profundamente. Desse modo, o nômade retornará à sua trilha, para ajoelhar-se e pousar de novo os seus lábios. E dizer humildemente o seu nome que é Amor.
Renato Zílio