Maurício Pauletti

Maurício Pauletti

é Tão Fácil Ser Feliz

Formado em Direito, Maurício Pauletti é industrial gráfico. No universo das comunicações, Maurício contribuiu como diretor-presidente do jornal O Vindimeiro. Já apresentou o programa Parlavêneto na rádio Vêneto durante 7 anos na década de 90.

Pauletti já presidiu a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e é membro-fundador do Rotary Club florense. Já integrou o Conselho Deliberativo da Sociedade Recretiva Aquarius, presidente da Associação Rio-grandense de Bocha Pontobol e presidente da Liga Florense de Bocha Pontobol. Politicamente, Pauletti já integrou a Câmara de Vereadores de Flores da Cunha pela antiga Arena e hoje é membro do diretório municipal do Partido Progressista (PP).

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Agradecendo os espinhos

Era véspera do Dia de Ação de Graças.

Era véspera do Dia de Ação de Graças. Mas Sandra sentia-se muito infeliz quando entrou na floricultura. Seu filho estaria nascendo se não o tivesse perdido em um acidente de automóvel... Lamentava muito sua perda. Não bastasse isso, ainda havia a possibilidade de seu marido ser transferido. E, para completar, sua irmã cancelara a visita que lhe faria no feriado. Ação de Graças? Agradecer o que? - perguntou-se.
Uma amiga ainda tivera a coragem de dizer que o sofrimento era uma dádiva de Deus, que fazia amadurecer e fortalecer... Seus pensamentos foram interrompidos pela balconista, dizendo: - Quer um arranjo tradicional ou gostaria de inovar com o que eu chamo de Especial? Está procurando algo que realmente demonstre gratidão no Dia de Ação de Graças?
Sandra explicou que nada tinha para agradecer e a outra replicou, enfática: - Pois tenho o arranjo perfeito para você. Neste momento entrou uma cliente que viera pegar sua encomenda: um arranjo de folhagens e longos e espinhosos caules de rosa. Tudo muito bem arranjado, mas não havia nenhuma flor. Sandra ficou pensando por que alguém pagaria por talos de rosa, sem flor.
- Este é o "Especial". Chamo-o de Buquê de Espinhos de Ação de Graças - explicou a balconista.
- Mas o que a levou a criar o buquê de espinhos? - perguntou Sandra.
- Aprendi a ser grata pelos espinhos... Sempre agradeci a Deus pelas boas coisas em minha vida e nunca lhe perguntei por que essas boas coisas aconteciam. Mas quando vieram coisas ruins, eu chorei e gritei: "POR QUE? POR QUE EU ?!".
Demorei em aprender que tempos difíceis são importantes para a nossa fé e nosso fortalecimento. Diante das dificuldades nos aproximamos de Deus e valorizamos a vida e seus bons momentos. Sandra lembrou do que sua amiga tinha lhe dito, e ponderou: - Perdi meu bebê e eu estou zangada com Deus... Neste momento entrou um homem na loja, que também viera buscar um arranjo de talos espinhosos.
- Isto é para sua esposa? - perguntou Sandra, incrédula. Mas por que ela quer um buquê que se pareça com isso?
- Eu e minha esposa quase nos divorciamos, mas com a graça de Deus, nós enfrentamos problema após problema e salvamos nosso casamento. O arranjo Especial nos lembra os tempos "espinhosos". Etiquetamos cada talo com um dos problemas enfrentados e damos graças pelo que ele nos ensinou. Eu lhe recomendo o arranjo Especial!
- Não sei se posso ser grata pelos espinhos em minha vida. É tudo tão recente... A balconista respondeu, carinhosamente: - A minha experiência me mostrou que os espinhos tornam as rosas mais preciosas. Apreciamos mais o cuidado providencial de Deus durante os problemas do que em qualquer outro tempo. Lágrimas rolaram pela face de Sandra.
- Levarei uma dúzia destes caules longos e cheios de espinhos, por favor. Quanto lhe devo?
Nada. Nada além da promessa de que permitirá que Deus cure seu coração. O primeiro arranjo é sempre por minha conta.
A balconista sorriu e passou um cartão a Sandra.
- Colocarei este cartão em seu arranjo, mas talvez você queira lê-lo primeiro.
E Sandra leu: “Meu Deus, eu nunca agradeci por meus espinhos”. Eu agradeci mil vezes por minhas rosas, mas nunca por meus espinhos. Ensine-me o valor dos espinhos.
“Mostre-me que, através de minhas lágrimas, as cores do seu arco-íris são muito mais brilhantes.”
Autor desconhecido