Maria de Lurdes Rech

Maria de Lurdes Rech

Cotidiano

Professora, pós-graduada em Métodos e Técnicas de Ensino pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), Maria de Lurdes Rech é autora do livro de crônicas Prosa de Mulher e do CD de crônicas e poemas Amor Maior, vencedora de diversos concursos literários em nível nacional. Membro da Academia Caxiense de Letras. Foi produtora e apresentadora do programa cultural Sábado Livre da rádio Flores FM de 2004 a 2012. Colunista do jornal O Florense desde 2007. Atuou na Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Flores da Cunha, onde coordenou a implantação dos Centros Ocupacionais da cidade. Exerceu a função de diretora e vice-diretora de escolas. Atualmente, realiza o trabalho de pesquisadora no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi com o projeto Vozes do Tempo.

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O maior golpe

Triste é querer e nada poder fazer diante de apelos e falácias argumentativas e mentirosas.

No ar pairam nuvens de enxofre, pois os ânimos acirrados entre políticos em desespero deixaram o povo brasileiro na ingovernabilidade. O quadro atual não é de democracia ameaçada, mas sim, da urgente necessidade de mudanças ainda não anunciadas, para que o povo volte a acreditar num futuro promissor.
O Brasil precisa voltar a crescer e, em paz e na ordem, sem que os poderes constituídos incitem e encorajem para a violência como temos visto. Não percebo que haja a menor preocupação com o país e com o povo nas suas necessidades básicas. Líderes pagos com dinheiro público estão cuidando apenas dos próprios interesses, abrigados pelo fascínio na manutenção dos cargos.
Falar de golpe é engodo, pois golpe mesmo é acreditar e depois decepcionar-se. Investir e perder tudo. Ouvir e não escutar, olhar e não enxergar, falar e não dizer, por fim, sonhar sem vislumbrar. Triste é querer e nada poder fazer diante de apelos e falácias argumentativas e mentirosas. Degradante é ver tanta sujeira debaixo do tapete, sem poder retirar o acúmulo de lixo. Assim é que muitos brasileiros se sentem diante do contexto pleno de manobras, onde segredos mirabolantes e ainda não desvendados estão por vir. Cada dia uma surpresa, fatos da vida real provocados pelos que deveriam dar o norte à nação brasileira.
Golpe é ter uma sociedade com mais de 10 milhões de trabalhadores fora dos seus postos de emprego, com renda zero e sem perspectivas diante do caos nacional. Trabalhadores que perderam plano de saúde, desanimados, com acúmulo de dívidas e a doença que assola e se instala como consequência. Paralelamente a isso, a saúde pública sem recursos e remédios com preços reajustados.
O maior golpe ainda pode estar por vir, caso os brasileiros simplesmente aguardarem sem que haja forte pressão sobre os que detêm o poder de decisão quanto aos rumos do país. A hora é agora, precisamos sair do buraco negro. Sem ilusões, levantar bandeira para as novas eleições.