História para ser contada
A Banda Garibaldi de Nova Trento, hoje Flores da Cunha, foi criada no ano 1898 e teve como primeiro presidente Carlos Piardi
A Banda Garibaldi de Nova Trento, hoje Flores da Cunha, foi criada no ano 1898 e teve como primeiro presidente Carlos Piardi. Nos eventos e momentos festivos ou fúnebres de Nova Trento e região, a banda fazia apresentações e homenagens em grande estilo. No Coreto da Praça XV de Novembro, hoje Praça da Bandeira, a banda encantava a população com apresentações que levavam os moradores da vila e arredores para momentos de lazer e cultura. Nos enterros estava presente para homenagear conterrâneos ilustres e integrantes do próprio grupo, como foi no sepultamento de João Mambrini, lembrou a filha Cecília M. Longo, que recentemente nos deixou.
A competente e conhecida Banda Garibaldi de Nova Trento levou este nome em homenagem a Giuseppe Garibaldi, um dos líderes na Revolução Farroupilha e na unificação da Itália.
Na banda participaram os irmãos Benedeto, Carlos e João Mambrini,Virgilio Carletti, Ernesto Coin, Francisco Zorgi, Albano Rossetto, Boscattom, Guerino Nissola, Vitorio Biazus, Raimundo Braga, Henrique Rovani, Ítalo Rosseto, Diogenes dos Santos Norte, Heitor Curra, Joaquim Spiazzi, Francisco Rizzon, Plácido Nissola, Ângelo Antoniazzi, Caetano Coin, João Giovanni e outros.
O maestro Alvise Parise, que regia o grupo, nasceu na Itália em 1865 e faleceu em Flores da Cunha, no ano de 1948, aos 83 anos de idade. Integrantes do grupo tocavam impecavelmente o Hino Nacional e a Marcha Real Italiana em eventos importantes, lembra a saudosa Cecilia M. Longo, a Sissi, como era conhecida na cidade.
Recentemente, em contato com Elsa Carletti, filha de Virgilio Carletti, um dos músicos da banda, recebemos a doação para o Arquivo do Museu Municipal, diversos livros artesanais, encapados em couro, contendo anotações e partituras manuscritas das músicas tocadas pelo grupo. Uma das relíquias que, através do Projeto Vozes do Tempo, conseguimos resgatar e garantir como mais um bem histórico para o acervo do MAHPR.
A história perpetua fatos quando é contada e relembrada pelos que têm interesse e consciência da importância em manter a cultura, os hábitos e costumes de um povo.