Eco
O que é o eco, senão a resposta do que nós mesmos provocamos?
O que é o eco, senão a resposta do que nós mesmos provocamos?
Provocamos eco, quando com um sorriso e um aceno deixamos alguém mais feliz.
Provocamos eco, quando acariciamos o bichinho de estimação e recebemos de volta o seu afeto.
Provocamos eco, quando com olhar de sedução e encantamento apaixonamos alguém sem querer a responsabilidade pela conquista.
Provocamos eco, quando, nas relações, não somos verdadeiros.
Provocamos eco, quando silenciamos e nos tornamos coniventes com situações que deveriam ser contestadas.
Provocamos eco, quando conscientemente atingimos alguém só para testar a reação e seus limites de tolerância.
Provocamos eco, quando somos intolerantes às nossas próprias fraquezas e aos erros dos outros.
Provocamos eco, quando deixamos de lapidar a espiritualidade em favor do poder do consumismo.
Provocamos eco, quando pela insensibilidade não nos permitimos ajudar a quem precisa.
Provocamos eco, quando nos manifestamos com incoerência e ainda justificamos a imbecilidade por teimosia e resistência.
Provocamos eco, quando somos imprudentes num trânsito que mata sem perdão.
Provocamos eco, especialmente quando silenciamos, e a nossa opinião seria imprescindível.
Provocamos eco, quando julgamos as atitudes dos outros sem compreender suas razões.
Provocamos eco, quando, para chegar ao alto da escada, usamos as pessoas como degraus.
Provocamos eco, quando vemos um indigente faminto e com frio e nos mantemos na indiferença.
Provocamos eco, quando perdemos o interesse pela vida, por acreditar que não temos mais nada a fazer com ela e por ela.
Por isso, temos o supremo poder para fazer ecoar. A opção será de cada um de nós.