A infância e suas implicações
A presença, envolvimento e atitudes assertivas são de extrema importância na criação e educação destes indefesos e pequenos seres.
O ato de viver é complexo e pleno de exigências. Investimentos não somente materiais na formação das crianças deve ser efetivo e realizado com propriedade pelos pais e educadores. Assim como as flores têm diferentes aromas, cores, formatos, a criança tem diferenças e características próprias, tanto em aspectos internos quanto externos, implicando na necessidade do olhar singular e atenção redobrada dos que têm responsabilidade sobre os infantes.
A presença, envolvimento e atitudes assertivas são de extrema importância na criação e educação destes indefesos e pequenos seres. Diálogo, escuta, contação de histórias, especialmente contos de fadas, possibilitarão levarem consigo experiências positivas dos primeiros anos da existência, favorecendo para adequada estruturação em seu desenvolvimento e saúde mental.
A infância tem de ser respeitada em seu tempo, modo e lugar. Criança precisa brincar e brincar muito, mediante recursos adequados à idade, ter longas horas de sono, referências familiares, rotina saudável, cuidados na prevenção de acidentes domésticos, bom relacionamento entre os que a cercam, acompanhamento pediátrico, o afeto dos avós, alimentação sem excesso de sal, açúcares e gorduras, o que elevará à qualidade e tempo de vida.
Desenvolver nela o sentimento de amor e respeito pelo outro, por animais e meio ambiente, bem como despertar a fé para que a espiritualidade seja aliada à resiliência, proporcionando segurança e equilíbrio emocional como fontes de energia e mecanismos de defesa interna. Para lidar com a infância são necessários os saberes da vida, da literatura disponível, da essência humana dos pais e muita compreensão. Na mesma medida, lógica, discernimento e racionalidade para dar-lhes limites e orientações necessários.
O ser humano nasce para ser fisicamente, psicologicamente e mentalmente saudável, mas percebe-se que há algo de errado ao vermos cadeias superlotadas, escolas fechadas para esquivar-se da violência urbana, mais farmácias do que supermercados sendo inaugurados e tantos jovens querendo fugir da realidade a qualquer custo, procurando alternativas desastrosas e autodestrutivas.
É tempo de devolvermos a infância às nossas crianças. Ela não pode se perder pela insensibilidade, falta de tempo, irresponsabilidades, intolerâncias e indiferenças. Pelo incentivo à sexualidade precoce, excesso de estímulos, tecnologia exacerbada e egoísmo de mães presas aos celulares. Pela mídia, consumismo ou gravidez indesejada, caso contrário, teremos na sociedade, ambulantes sem conteúdo e forças para sobreviver diante das exigências do cotidiano. A infância gera implicações e muita seriedade.