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Adiada instalação da CPI da Petrobrás por falta de quorum

Os senadores da base aliada do governo esvaziaram a sessão da CPI da Petrobras, nesta quarta-feira, e conseguiram adiar mais uma vez a instalação da comissão.

Os senadores da base aliada do governo esvaziaram a sessão da CPI da Petrobras, nesta quarta-feira, e conseguiram adiar mais uma vez a instalação da comissão. Sem o número mínimo de seis senadores presentes à sessão, o presidente em exercício da CPI, senador Paulo Duque, encerrou os trabalhos sem instalar a comissão. Dias, autor do pedido de criação da CPI, disse que a oposição estuda recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a comissão seja instalada caso os governistas insistam em boicotar os trabalhos. "Cabe-nos medida judicial para que o STF possa determinar a instalação dessa CPI, já que há jurisprudência formada. O tribunal já firmou jurisprudência que CPI é direito da minoria, e esse direito está sendo cerceado", afirmou. Arruda era relator da CPI das ONGs até deixar o cargo para assumir uma vaga de titular na CPI da Petrobras. Como o regimento do Senado não permite que um parlamentar seja titular simultaneamente de duas CPIs, Arruda saiu automaticamente da relatoria - que só pode ser conduzida por um membro titular da comissão. Os governistas, porém, devolveram ao senador a titularidade da CPI das ONGs e agora reivindicam o seu retorno ao cargo. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse "A base não comparece em qualquer CPI enquanto não houver acordo sobre a CPI das ONGs", disse. Torna-se este um exemplo de dificuldade de andamento das comissões de inquérito, em face de interesses diversos, que fazem com que o andamento de investigações sejam subjugados a interesses diversos do que especificamente a investigação de irregularidades.