Os 20 anos de ‘O Homem Que Copiava’
O longa se firma como um marco do cinema gaúcho e alcançou amplo sucesso da crítica
Um clássico do cinema nacional contemporâneo completa 20 anos de lançamento nos cinemas: ‘O Homem Que Copiava’ (2003), escrito e dirigido por Jorge Furtado e realizado pela Casa de Cinema de Porto Alegre. O longa se firma como um marco do cinema gaúcho, que levou impressionantes 700 mil pessoas às salas de cinema de todo o país e alcançou amplo sucesso da crítica.
Na trama, Lázaro Ramos (em início de carreira) é André, um jovem humilde que trabalha como operador de fotocopiadora em uma gráfica expressa no Centro de Porto Alegre. Ele vive um amor platônico por Sílvia (Leandra Leal), que mora no prédio em frente ao seu e trabalha como balconista em uma loja de artigos femininos. Como desculpa para se aproximar de Sílvia, André precisa desesperadamente de R$ 38 para comprar um chambre na loja em que ela trabalha. Ajudado por seu amigo Cardoso (Pedro Cardoso, o Agostinho de ‘A Grande Família’) e pela colega de trabalho Marinês (Luana Piovani, no seu grande papel), André consegue falsificar perfeitamente uma nota de R$ 50. O plano dá certo e a situação sai de controle quando ele decide falsificar mais dinheiro, desenrolando uma série de situações que envolvem o bandido Feitosa (Julio Andrade), um assalto a um carro-forte e um inesperado prêmio da Mega-Sena.
Contado com a mesma linguagem enciclopédica e as didáticas visuais estabelecidas no curta-metragem ‘Ilha das Flores’ (1989), a narrativa orquestrada por Furtado tem ritmo dinâmico, inserções de animações, um plot twist no final e uma trilha sonora que vai de Creedence Clearwater Revival a Mozart e Bach. ‘O Homem Que Copiava’ merece ser (re)assistido e celebrado para comprovação de uma das mais qualificadas e surpreendentes obras do cinema nacional. O filme está disponível no streaming pela Globoplay.