Neste mês a Igreja nos convidou a voltarmos os olhos para a vocação a que somos chamados

Neste mês a Igreja nos convidou a voltarmos os olhos para a vocação a que somos chamados: Seja para constituir família, consagrar-se na vida religiosa ou sacerdotal, doar a vida por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Isto é um chamado (dom, graça, eleição cuidadosa) do Pai Eterno para a realização dos filhos.
O primeiro chamado que recebemos e o chamamento à vida, a ser Filho de Deus, a ser cristão, a ser Igreja.
Estando conscientes desta vocação temos a liberdade de escolher a maneira própria de nos realizarmos na vida, como leigo, sacerdote ou religioso.
Os leigos ocupam um lugar central na Igreja seu carisma e função é anunciar Jesus Cristo, de modo a fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa. A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo. Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica.
A Vocação Religiosa também está orientada para o mundo. É um compromisso que homens e mulheres assumiram para testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus em total conformidade como Cristo Casto, Pobre e obediente.
A vocação Sacerdotal ministerial, o padre, é chamado à assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem sacerdote.
Precisamos nos lembrar de que Deus chama a mim, a ti, ao nosso grupo, nos convidando ao serviço, à doação, à entrega. Nesse chamado, o que Ele mais quer é que nós estejamos junto d'Ele, de Seu Filho Jesus e do Espírito Santo, participando do amor dessa Família do céu e da nossa comunidade. O Todo-poderoso nos chama, mas nos dá também os carismas e as qualidades de que precisamos para assumir esse chamado.
Quando respondemos ao chamado, Jesus nos envia, como Ele mesmo falou: “Vão e façam meus discípulos todos os povos, ensinando a respeitar tudo o que vos ensinei” (cf. Mt 28,19-20). Não existe chamado sem missão, como também não existe missão se não houver quem possa realizá-la.
Podemos concluir, portanto, que a vocação é um chamado de Deus para servirmos a todos os irmãos. Esse serviço é a missão a qual Deus nos chama para sermos plenamente realizados em nossa vida humana.
Para concluir, desejo lembrar umas palavras de nossa mãe Santa Clara: “Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida”.
Louvemos ao Senhor pela vocação que Ele nos deu e peçamos a graça de perseverarmos com fidelidade na vocação abraçada.