No próximo dia 10 estaremos celebrando a festa de Santa Verônica Giuliani, que viveu ao modo das grandes contemplativas.

No próximo dia 10 estaremos celebrando a festa de Santa Verônica Giuliani, que viveu ao modo das grandes contemplativas. Como o atual São Frei Pio de Pietrelcina sua vida foi marcada por fenômenos místicos da Paixão do Senhor e pelas provas... Seu noviciado foi difícil. Além das provações interiores, ela foi submetida a uma disciplina rigorosa por parte das superioras, pois a sua santa ambição era tal, que exigia uma prova cuidadosa. Além disso, o bispo que lhe conferiu o hábito predissera que ela seria uma santa. Depois da profissão dos votos, ficou ainda mais absorta na paixão de Cristo, teve uma visão de nosso Senhor carregando a cruz e passou a ter uma dor aguda no coração. Em 1693 teve a experiência de outra visão, na qual lhe foi oferecido o cálice dos sofrimentos de Cristo. Após grande relutância ela aceitou, e a partir daí passou a reproduzir no próprio corpo e na alma parte dos sofrimentos do divino Mestre. No ano seguinte, apareceu impressa em sua fronte a coroa de espinhos, e na Sexta-Feira Santa de 1967 apareceram impressas as cinco chagas sagradas. Essas manifestações físicas foram submetidas a tratamento médico, porém sem qualquer efeito sobre elas. Essas coisas todas foram relatadas ao bispo de Città di Castello, que por sua vez as relatou ao Santo Ofício, pedindo orientação, sendo-lhe dito que nada fizesse e nada mais falasse a respeito do caso. Todavia, quando os fenômenos se tornaram mais acentuados ele decidiu examiná-los pessoalmente, o que fez junto à grade do mosteiro, na presença de quatro freiras, e se convenceu da realidade objetiva dos mesmos. Para ficar isento de qualquer responsabilidade de fraude, ele mandou controlar cada instante do tempo da Irmã Verônica. Ela foi proibida de receber a sagrada comunhão, de misturar-se às demais freiras e de ter qualquer espécie de comunicação com o mundo exterior. E devia ficar dia e noite sob os olhares de uma irmã leiga. Além disso, o bispo ordenou que as chagas fossem medicadas e enfaixadas, e que as mãos fossem colocadas luvas, com ataduras lacradas por um selo. Verônica aceitou com dedicação exemplar essas precauções ditadas pela prudência. As mesmas não fizeram qualquer diferença sobre os fenômenos, e o bispo, após ter comunicado o fato, bem como o comportamento obediente e humilde das freiras ao Santo Ofício, ordenou que ela poderia retornar a vida normal de sua comunidade. Ela serviu de modo comum seu Mosteiro ajudando em todos os afazeres domésticos: foi cozinheira e porteira, foi também Mestra de noviças e Abadessa. No fim de sua vida, esta “esposa de Cristo”, que durante quase 50 anos sofrera com paciência, resignação e alegria, foi atacada de uma apoplexia e veio a falecer dessa doença, a 9 de julho de 1727. Ela deixou um relato de sua vida e de suas experiências espirituais, escrito por ordem do seu confessor, o mesmo foi muito usado no processo de beatificação. Ela foi canonizada em 1839. Muito antes da morte, ela dissera ao confessor que os instrumentos da paixão de Nosso Senhor estavam gravados em seu coração, fornecendo ao próprio confessor, em mais de uma ocasião, um esboço rudimentar do coração, sobre o qual eles haviam sido traçados, pois, como ela própria afirmava, eles mudaram de posição. Um exame post mortem, na presença do bispo, revelou, no ventrículo direito, um número de objetos diminutos que correspondia aos que ela desenhara. Nosso Mosteiro missionário, em Macapá é dedicado a esta santa capuchinha. Dia 10 estaremos celebrando sua festa em nossa capela aqui em Flores da Cunha, na Missa das 17 horas. Venham celebrar conosco.