Valei-me São José!
Para quem não sabe, ainda, a imagem de São José que fora elevada há 24 anos no Mosteiro e estava voltada para a cidade caiu por terra
“Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-me, São José!”
Valei-me São José! Valei-me São José! Valei-me São José!
Assim rezamos o terço de São José ou pedimos seu auxílio diante de tantas aflições. Mas, e quando somos negligentes e não fazemos a nossa parte? Deixamos por conta de Deus, dos anjos, dos santos e pronto? Esperamos receber a graça de mãos cheias? Isto é, não somos capazes sequer de despojar o que temos nas mãos para acolher o que nos é oferecido do alto?
Estou aqui a divagar, fugindo do meu estilo de simplesmente comentar o Evangelho ou a Solenidade semanal, porque tenho um assunto extraordinário para partilhar: para quem não sabe, ainda, a imagem de São José que fora elevada há 24 anos no Mosteiro e estava voltada para a cidade, ao lado da Rua Severo Ravizzoni, caiu por terra!
Mas como? Por quê? Posso apresentar pelo menos três motivos:
Primeiro: Negligência. Caiu, por minha culpa! Como a Abadessa (Madre superiora, eleita canonicamente e reconhecida pela Igreja) consciente de que a imagem estava perigando cair eu devia ter providenciado que ela fosse retirada com segurança o quanto antes, sem delegar ou deixar espaço para quem não tinha autoridade resolver o problema. Como falhei, não havendo mais o que fazer, de coração sincero eu peço humildemente PERDÃO a todos os que sentem falta daquele símbolo no alto do morro, aos amigos e benfeitores que ajudaram a adquirir a estátua e a todos que se sentem tristes ou lesados, por isso.
Segundo: Benevolência. Apesar de tudo que estava previsto para estes dias, não tivemos grandes incidentes ou perdas desastrosas na cidade. Aqui não houve feridos, ou coisas piores. As pessoas gentilmente chamam as irmãs de para-raios: São José não teria sido, ele mesmo, um escudo contra coisas piores?
Terceiro: Fim de um ciclo! Aquela imagem foi ereta com a finalidade de trazer para este Mosteiro novas vocações. Após ela vieram, de fato, novas vocações, e observamos agora que as vocações que vieram em seguida foram: Elza, Maristela, (Rita*), Gildênia, que, depois de anos vivendo como Consagradas com votos perpétuos, pediram desligamento da Ordem e dispensa de seus votos. (*Rita ainda em discernimento, mas vivendo como leiga fora do Mosteiro). Como muitos sabem, estamos em um número reduzido de irmãs, perigando até, ter que fechar o Mosteiro caso não surjam novas vocações.
Pois bem, se Deus pode transformar uma queda em vitória, confiantes em sua Misericórdia, vamos elevar outra imagem de São José! Com o mesmo objetivo, pedindo novamente vocações, mas desta vez, vocações com um coração semelhante ao dele: obediente até o fim, sem medo da pobreza e genuinamente casto! Ao mesmo tempo vamos pedindo esta graça para nós que estamos aqui, a fim de que possamos perseverar com o mesmo entusiasmo do dia em que proclamamos nosso primeiro sim.
Meu irmão, minha irmã, conto com você! Para que me perdoe. Para que nos ajude! Antes rezando por nossa perseverança e pelo ingresso de novas vocações, pedindo a graça de um reflorescimento vocacional. Flores da Cunha, que já foi sementeira de vocações, teve seu último Padre Ordenado (Padre Ricardo Fontana) há quase 25 anos, e também rezemos para a reconstrução de um novo São José!
Valei-nos, São José!
Abraço. Deus abençoe você!