Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

Contatos

Uma história

Pela Irmã Maria Emanuele

Nem sempre o que pensamos ser certo e verdadeiro de fato o é. Às vezes, em nossa vida, acontecem fatos e situações difíceis que nos levam a muitos questionamentos, como: “Por que justamente comigo?”; “Por que rezo tanto e só me acontecem coisas ruins?”; “Será castigo?”.
De fato o sofrimento é próprio da condição humana, e muitas vezes é por meio dele que descobrimos um grande e surpreendente tesouro escondido no íntimo do ser humano. Isso me faz recordar a história magnífica de “Santa Marina, O Monge”. Pelos caminhos mais inusitados a graça de Nosso Senhor se manifesta...
Conta-se que a jovem Marina era órfã de mãe, sendo criada e educada pelo pai, Eugênio. No entanto, seu pai desejava muito que ela se tornasse um monge, e como a moça não queria deixá-lo de jeito nenhum, decidiu entrar no mosteiro e levá-la junto apresentando-a ao abade como “Marino”.
Entrando os dois em um mosteiro, o jovem Marino, progredia cada vez mais no caminho espiritual. No entanto, pouco tempo depois, seu pai morreu, porém Marina continuou no empenho severo da vida monástica. Por ocasião dos seu 17 anos o abade convidou Marino a fazer trabalhos fora do mosteiro com três outros monges, já que era de comportamento irrepreensível.
Acusado
Certo dia, ao pararem numa hospedaria para repousar e seguir a viagem de volta ao mosteiro se encontraram com um soldado que havia tido um caso com a filha do dono do estabelecimento, deixando-a grávida e persuadindo a moça a dizer ao pai que o filho era do monge Marino. E assim ela o fez.
Com muita indignação, o pai da moça foi até o mosteiro mostrar todo o seu rancor. O abade tranquilizou-o e expulsou o jovem Marino do mosteiro. Porém, Marino continuava sempre a porta do mosteiro, no sol, na chuva e no frio.
Quando a moça deu a luz a um menino, o pai colocou a criança nos braços de Marino para que se virasse e cuidasse do bebê, e assim Marino o fez.
Depois de algum tempo os irmãos, vendo a humildade e o sofrimento de Marino, pediram ao abade que o recebesse de volta no mosteiro. E assim aconteceu: o abade recebeu de volta Marino com a criança, dando como penitência ao jovem monge por causa de seu pecado, fazer todos os trabalhos mais pesados e humilhantes.
A verdade revelada
Em outro dia, Marino não apareceu na oração. Procurando-o, os monges o encontraram morto em seu quarto, e com grande pesar trataram de providenciar o sepultamento. Para surpresa de todos, ao lavarem o corpo descobriram que se tratava de uma mulher, e não de um homem. Ou seja, Marino jamais poderia ter engravidado a moça... E os monges choraram... Sabendo da morte e do ocorrido, toda a vizinhança correu para o mosteiro para louvar a Deus por tamanha humildade e maravilha da graça operada naquela jovem que se tornou “monge”.
As relíquias de “Santa Marina” estão na Igreja de Santa Maria Formosa, em Veneza, na Itália. Marina é invocada como poderosa intercessora nos casos de maiores provações, doenças ou calúnias. Uma história de amor incondicional, que leva um ser humano igual a nós a sair de si mesmo e tornar-se um verdadeiro templo de Deus. Pensemos nisso!
Um grande abraço a todos e um ótimo final de semana.