De vez em quando faz um bem imenso pararmos um pouquinho e deixar a vida pulsar em nós, saboreando-a intensamente

De vez em quando faz um bem imenso pararmos um pouquinho e deixar a vida pulsar em nós, saboreando-a intensamente. Vamos perceber quão valioso é o momento presente, dádiva do Criador, já que o passado é história e o futuro, mistério. Que tal viver o hoje com sabedoria? Muitas vezes somos como um pote virado para baixo, ou seja, nos fechamos à dinâmica maravilhosa da vida, agimos egoisticamente, emitindo nosso azedume ou centrados somente naquilo que nos interessa ou nos é conveniente. Outras vezes, optamos por ser um pote caído por terra, parcialmente adormecido, isto é, nossa entrega é pela metade, apenas colocamos o pé na água, nos desviamos dos compromissos, não nos envolvemos com nada. Daí a cômoda posição horizontal. O que me atrai são os potes que já foram trincados ou quebrados porque ousaram viver experiências profundas de acolhida, defesa, resgate e promoção da vida; conscientes de que essa atitude gera não poucas marcas ou feridas. Estes potes estão sempre em posição vertical, abertos para acolher e celebrar a vida como contínua liturgia . Ficam bem em qualquer lugar, qualquer pessoa sente-se bem em sua companhia, seu interior é repleto de encanto e perfuma tudo ao seu redor. Com certeza, somente o verdadeiro amor é o melhor adesivo para colar os fragmentos do pote de nossa vida. À medida que amamos e confiamos no Artista Divino, aprendemos que Ele é o único que pode nos restaurar em nossa originalidade. Todas as marcas e feridas são substituídas por pedras preciosas de incalculável valor e resplendor. A beleza da entrega e da confiança ilimitada superam e transcendem toda a nossa vulnerabilidade humana. O pote de barro é transformado numa magnífica obra de arte digna de aplausos e admiração, pois o “essencial é invisível aos olhos”. A todos e a todas, o meu sincero desejo de paz e bem, que continuem sendo pessoas que sabem fazer a diferença e sendo os heróis e heroínas do cotidiano!