Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Semana Santa

O sofrimento de Jesus é a expressão máxima do amor de Deus pela criatura humana: desceu, até onde estava o homem, para elevá-lo a dignidade de filho adotivo do Pai misericordioso.

Iniciamos a celebração da Semana Santa, mas ela não pode ser santa apenas para Jesus. Tem que ser santa, também, para nós, seus discípulos. O Domingo de Ramos é festivo, mas associado à narrativa da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Aclamação festiva de Jesus como Messias, sua morte como ‘Servo Sofredor’ e sua glorificação com o ‘Servo obediente’ até a morte.
Paulo, na Carta aos Filipenses, descreve a humilhação e a glorificação de Jesus: humilhação porque Ele carregou os nossos pecados – “Ele foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades” (1Pd 2,24). O processo contra Jesus continua em cada homem que sofre perseguição e é renovado por nós quando não abandonamos o pecado: “Não! A este não! Mas a Barrabás! A este crucifica-o!” (Mt 26,20-23).
Jesus é o Filho de Deus, aclamado pelo povo com Ramos e procissão, mas é, também, o Servo obediente até a cruz por amor e por fidelidade a Deus e ao povo a quem deseja salvar. São Paulo diria: ele me amou e morreu por mim na cruz! É o Cordeiro Pascal imolado para nossa salvação.
O sofrimento de Jesus é a expressão máxima do amor de Deus pela criatura humana: desceu, até onde estava o homem, para elevá-lo a dignidade de filho adotivo do Pai misericordioso. A fidelidade de Jesus não está ligada tanto ao sofrimento como está ligada ao amor misericordioso com que nos amou. Ele encarnou, mesmo na morte na cruz, o amor de Deus Pai pelos homens. E Jesus testemunhou o amor do Pai até o fim, até a humilhação da morte na cruz. Amar alguém é ser capaz de sofrer por ele. E como Jesus sofreu por nós! Aceitou ser despojado de sua dignidade divina e morrer na cruz como um escravo ‘maldito’!
Para o cristão, os caminhos da dor, a exemplo de Cristo, podem sempre terminar na ressurreição. Jesus aceita a cruz para nos salvar e nós carregamos a nossa cruz por solidariedade com Ele. A paciência nas dores é prova de amor solidário que nos fará participantes de sua glória e de sua ressurreição. Para muitos cristãos, a Semana Santa é oportunidade para um feriado prolongado. Nada mais indigno para um cristão. Quem viveu corretamente a Quaresma, agora, aprofundar o silêncio e a oração acompanhando atentamente os passos dolorosos de Jesus em Jerusalém. É lá que Ele prova sua fidelidade ao Pai e seu amor infinito por cada um de nós. Vivamos a Semana Santa numa oração silenciosa e agradecida. Jesus morre por mim e por você.