As pessoas com Fé, ainda que de momento possam estar pecando, sofrem a dor da reta consciência que lhes diz: “Alto, isso não está bem”!

As pessoas com Fé, ainda que de momento possam estar pecando, sofrem a dor da reta consciência que lhes diz: “Alto, isso não está bem”! Mas, embora esta reprovação seja dolorosa, elas sentem o consolo de saber onde está a Verdade, junto com a Esperança de serem acolhidas por Deus e se voltar a Ele. 
Já as pessoas que não tem fé, que perspectivas têm da vida? Qual sua esperança?
Nesta festa de Todos os Santos não desejamos deter-nos nem nas angústias da falta de Fé, nem nas dúvidas, nem nas dores, mas dar graças ao Senhor pelo dom mesmo da Fé e falar do homem em sua plenitude, ou seja, da realização da vocação a que Deus chamou o ser humano quando, “no princípio”, o criou: 
“Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os répteis que rastejam sobre a Terra” (Gn 1,26).
Deus nos criou à sua imagem, como pessoas ao modo como Ele é: um só Deus em três Pessoas. Somos, assim, um “Tu” para Deus. 
“Damo-nos conta de onde resultas tanta generosidade divina? A nossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Digamo-lo com palavras claras e precisas: Vivemos “já” onde “já” vive a nossa Cabeça: “No seio do Pai” (Jo 1,18), no seio da Trindade. 
Os Santos possuem essa cidadania, confirmados eternamente em Graça, mas em nós isso depende da conformidade que aqui, neste momento concreto, prestemos à Graça divina: vigiemos, portanto, pois estamos sempre expostos a perdê-la. Daí o conselho de Jesus: “Vigiai e orai para não cairdes na tentação” (Mt 26,41). 
Como responder, pois, a essa mercê de viver “já” espiritualmente na Trindade? 
Vivendo no amor, entregando-nos ao Pai por Cristo, com Ele e n'Ele a cada domingo na Santa Missa. A cada dia em família e todos juntos em Deus e para Deus.
Agora que pouco a pouco nossa vida começa voltar ao normal, já vacinados, ainda nos cuidando, claro, é muito importante voltar aos Sacramentos: comungar, confessar, casar (os que são chamados a esta vocação)! 
Tenho observado um grande número de pessoas com pânico e depressão...
Dia destes, atendi uma senhora e lhe perguntei se ela já estava participando da Missa em comunidade e ela me disse que seguia vendo pela TV, embora já tenha voltado a comer fora, levar as crianças a algum passeio etc. Lembrou-me uma amiga que me parecia saudável e forte e, de repente, começou a parecer cada dia mais emagrecida e fraca, questionando-a do porquê ela me disse que num checape de rotina descobriu que tinha o colesterol e a glicose alterados e que o médico lhe prescreveu um rigoroso regime por conta disso, seguindo-o à risca mas acabou por perder peso sem conseguir atingir os níveis ideais nos exames... Ao invés de buscar exercícios e substituir alguns alimentos ela ficou só com as restrições, porque isso era mais “fácil” e acabou por piorar ainda mais sua saúde. Sinto que muitos irmãos também se acomodaram às celebrações online - que foram preciosas quando não podíamos tê-las ao vivo -  mas agora acabam por privar-se da graça de se reunir com a comunidade e sobretudo de comungar novamente o Preciosíssimo Sacramento, fonte de nossa Salvação, alimento de nossa Fé e Esperança de nossa Salvação. Cuidemos do que é realmente necessário!
E, sejamos santos/as, porque Deus é Santo!