Nos tempos de conflito precisamos aprofundar nossa fé em Jesus Cristo.

A festividade dos apóstolos Pedro e Paulo é motivo de alegria e, ao mesmo tempo, de meditação. Alegria, pois verificamos a vitória do Espírito Santo sobre a fraqueza humana, transformando os pescadores em heroicas testemunhas de Jesus. Meditação, porque percebemos que a Igreja viveu o testemunho de Jesus no meio dos conflitos e longe dos poderosos; pelo contrário, foi perseguida pelos poderosos! Os conflitos foram anunciados por Jesus e eles reaparecem sempre que anunciamos a sua ‘proposta revolucionária’.
Cercada de conflitos e de perseguições, a Igreja ‘não ficou blasfemando’; pelo contrário, ela reza insistentemente e Deus manifesta seu poder libertando-a da morte (At 12,1-11). Atualmente, estranham-se os conflitos e perdeu-se o bom hábito de rezar pela Igreja e por seus pastores. Se rezamos pouco e procuramos proximidade com o poder social, religioso e político, não estamos no caminho de Jesus.
Nos tempos de conflito precisamos aprofundar nossa fé em Jesus Cristo. Ele não é um ‘messias qualquer’! Ele é o ‘Filho de Deus vivo’! Certamente, vivemos num tempo de confusão na fé, na moral e nos costumes, por isso, é importante nos questionarmos com sinceridade: “Quem é Jesus Cristo para mim?”. Melhor conhece Jesus Cristo aquele que vive seus ensinamentos. Conhecer Jesus significa amá-lo e revestir-se de seus sentimentos. “Quem ama, imita!”, diz Charles de Foucauld.
A fé verdadeira sempre vem acompanhada pela virtude da humildade. Jesus se encarregou de prevenir seu apóstolo: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas, porque foi meu Pai que te revelou este mistério!”. Humildade, portanto! Quem se vangloria de ‘sua fé’ rouba a glória de Deus! Aliás, é sinal de que a sua fé não é verdadeira. É fruto do orgulho, inimigo de toda a verdade!
Paulo, grande apóstolo, lutador incansável, serve de modelo para cada um de nós. Todos temos uma missão a cumprir: que tenhamos a coragem de cumpri-la integralmente conservando a verdadeira fé no poder de Jesus. “Não sejamos ladrões da glória de Deus”, diz São Francisco.