Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Olhos Felizes

Madre Teresa dizia que o amor de Deus no mundo começava pela alegria com a qual se sorri em casa.

Um dia, um repórter quis fotografar os olhos de Madre Teresa de Calcutá. Ela, humilde, se defende e acaba perguntando o motivo. O repórter diz: “Porque nunca vi olhos tão felizes!”. E Madre Teresa, simples e lapidária: “É porque minhas mãos enxugam muitas lágrimas! Experimente o senhor também: funciona!”.
Eis o segredo da alegria de Santa Madre Teresa. Claro que sua clareza de visão e firmeza de vontade ninguém pode improvisar. Vem de longe, vem da herança recebida da família em que ela nasceu, da lembrança de um lugar de amor e de atenção aos outros, do gosto pelas pequenas coisas de cada dia e da alegria que estas sabem dar se forem partilhadas com as pessoas mais queridas. 
A família, para ela, está na base da mesma sociedade: “O que podes fazer para promover a paz no mundo?! Vá para tua casa e ama tua família”. De fato é na casa, na família, que as pessoas se formam e crescem. Madre Teresa dizia que o amor de Deus no mundo começava pela alegria com a qual se sorri em casa. O problema da droga que se alastra entre os jovens, ela dizia, encontra suas raízes numa família em que eles não se percebem bem acolhidos e amados. O trabalho ocupa demais a atenção dos pais, que têm sempre menos tempo para ocupar-se com ternura e dedicação dos filhos.
A família, por sua vez, só encontra energia e sentido na fé cristã. Deus, conhecido como Criador pela razão e pela memória, revela-se como Pai ao enviar seu Filho, o Verbo Encarnado na Virgem Maria. Dom de valor infinito, preço do resgate da humanidade escrava de suas paixões desordenadas, Jesus revela que Deus é Pai e que todos somos irmãos, família que continuamente cresce neste universo que não tem limite. É mistério... Neste mistério Madre Teresa capta o grito de Jesus pregado na Cruz: “Tenho sede!”. Sede de bondade, de verdade, de paz, desejo ardente, absoluto, de salvar todas as criaturas, torná-las filhas de um Pai cujo nome é ‘misericórdia’.
Madre Teresa contempla a cruz e vê o amor sem medida. Contempla o sacrário e vê este amor estar presente para as criaturas de hoje; para que alimentando-se Dele recebam o sustento necessário para o caminho. Esta união, alimentada pela “oração sem cessar” (Ts 5,17; Lc 18,1) que Jesus pede aos seus é a nascente inesgotável da caridade que anima Santa Madre Teresa.
Numa das meditações sobre Jesus, ela O adora como Deus, diz que Jesus é o único pelo qual está apaixonada, a quem pertence, do qual nada vai separá-la, mas é também o mendigo que acolhe, o leproso que lava. O bêbado que guia, a solidão que partilha, a doença que aceita, a paz que oferece, a vida que vive, a luz que acende, o amor que ama... Jesus é tudo... É o sentido de sua vida... Vida que o Senhor Jesus já uniu a si na glória! Santa Madre Teresa, ajuda-nos a entender e amar a grande família humana e cada irmão e irmã nela.