O cristão e Jesus
No reino de Deus se entra pela Fé, dom do Espírito Santo
O Evangelista Lucas nos conta (Lc 4, 14-30) o que aconteceu em Nazaré quando Jesus revelou que Deus estava sobre Ele. Seus conterrâneos se escandalizaram: “... não é este o filho de José...?” De fato, da sua infância e juventude os Evangelhos não falam. A Virgem Maria, sua Mãe, não expõe um segredo tão indemonstrável para a incredulidade humana. Três anos de atividade extraordinária, maravilhosa e Jesus morre crucificado. Aí acontece algo que confunde todas as representações imediatas do que é possível, mas que é fundamento da verdade sobre o que é o homem por parte de Deus: Ele ressuscita o Filho: o Senhor Jesus ressuscita para uma vida transformada... completamente nova... Ele tinha dito (Jo 14,28): “Vou e retorno a vós”. Ele vai e retorna mais poderoso e mais operante do que nunca. Aparecendo aos discípulos temerosos lhes concede o dom da Paz e seu Espírito. Os seus discípulos se abrem ao dom da Fé.
Fé é o ato do Homem Novo; precisa que a criatura humana nasça de Deus no Espírito Santo. Quem não nascer pela água e pelo Espírito, não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5). No reino de Deus se entra pela Fé, dom do Espírito Santo. Num mundo cheio de descobertas extraordinárias, que enchem de satisfação os autores das descobertas e os que as aproveitam, não é fácil desejar viver uma vida simples, repleta de bondade, guiada pela Fé. O Cristo, sua Verdade, seu Caminho, sua Vida... ou o dinheiro... O que vamos escolher? De fato, ao escolhermos o Senhor Jesus e suas bem-aventuranças optamos por uma nova liberdade: apoiar nossa vida na Igreja que é presença de Cristo e ser animados pelo Espírito Santo que anima a Igreja! Aí acontece o que Jesus deseja ardentemente: dar-nos sua própria Vida; ser animador de todas nossas ações: a razão de ser do nosso existir.
Nesta situação de pandemia que assola o mundo, bem que poderíamos rever nossos costumes, abrir o coração na compreensão e na bondade e desejar que Cristo viva em nós para garantir nossa salvação e felicidade eterna! Numa palavra, bem que poderíamos viver nosso Batismo: estar mergulhados, viver na presença e ação amorosa do Pai, do Filho e do Espírito Santo!