Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Impossível comparação

Na história da humanidade surgiram homens inspirados, geniais, que indicaram caminhos de conhecimento e de elevação espiritual.

A criatura humana é algo maravilhoso. Cada parte de seu corpo é tão perfeitamente estruturada, funcional, harmoniosa... Mas isso é nada se comparado ao que é seu ‘espírito’. O problema nasce quando esta criatura se acha ‘autônoma’ com respeito a sua origem e às leis fundamentais da existência. Quando acha que a liberdade é seguir seus apetites, satisfazer seu orgulho e seus sentidos.
Na história da humanidade surgiram homens inspirados, geniais, que indicaram caminhos de conhecimento e de elevação espiritual. Lembramos, por exemplo, de Sócrates, um dos fundadores da filosofia ocidental. A essência do seu ensinamento é “Conhece-te a ti mesmo” para chegar a fazer o que é justo, corajoso e bom.
Pensemos em Budda, que era um príncipe e tinha tudo que era esplendor humano e renunciou para dedicar-se à busca da verdade. Descobriu a ‘lei do engano’ e foi chamado ‘O vidente’. São figuras fascinantes, ainda mais se considerados na atitude assumida diante da morte. Sócrates, condenado injustamente, mostra aos seus discípulos, reunidos ao seu redor, sua nobreza de alma tomando serenamente a cicuta, veneno mortífero. Budda coroa serenamente sua vida numa áurea de religiosa grandeza. Eles são conquistadores: seus discípulos os rodeiam, admirados e comovidos.
O que foi a morte de Jesus? falência completa. Os discípulos O abandonaram, sofridos e amedrontados pela traição, a terrível morte de cruz... No meio de dois malfeitores! Uma morte que é destruição total, no corpo martirizado, no espírito desprezado, ofendido, ultrajado... Como comparar Jesus com estes ‘grandes’? Seus discípulos não eram pessoas das mais inteligentes e ricas...
Não dá para considerar Jesus um grande iniciador de religião, um grande personagem (tipo Budda ou Sócrates ou qualquer personagem de grande realce). Jesus é simplesmente o impenetrável mistério da santidade de Deus vinda a nós. Seu coração acolheu (e acolhe) a infinidade das culpas e dos sofrimentos humanos e sociais. Ele, cheio de vida, de bondade, de poder, mergulha na morte para renascer de novo. Ele mesmo é o abismo no qual morre o pecado e é gerada a santidade, são gerados os santos.
É bem por isso que exige dos seus discípulos a renúncia de si e a aceitação da cruz. Cruz que é conquista de equilíbrio, paz e harmonia. Renúncia de si que é vitória, triunfo da verdade, triunfo da bondade, triunfo da beleza, triunfo da paz. A espiritualidade cristã não é simplesmente orientação certa do espírito que faz parte da natureza humana junto da alma e do corpo, mas é o espírito guiado pelo Espírito Santo que Jesus enviou aos que acreditam Nele! Espiritualidade cristã é ser discípulo(a) dedicado(a) e fiel a um Mestre que é o Verbo Encarnado: Deus! Oh! Maravilha e bondade de Deus!