Estamos no ano da fé, tempo de graças. A liturgia desta semana nos convidou a celebrar a Festa de Todos os Santos. Ao comemorá-la, recordamos que a santidade de Deus é partilhada por muitos de nossos irmãos que estão na glória celestial.

Estamos no ano da fé, tempo de graças. A liturgia desta semana nos convidou a celebrar a Festa de Todos os Santos. Ao comemorá-la, recordamos que a santidade de Deus é partilhada por muitos de nossos irmãos que estão na glória celestial. Este é o destino dos discípulos de Jesus. Não basta, porém, recordar o passado – a Ressurreição do Senhor e a glória dos santos e mártires –, pois os discípulos de Jesus precisam viver hoje na santidade e no compromisso de instalar o Reino de Deus sobre a Terra. A Festa de Todos os Santos não é apenas celebração; é compromisso nosso de viver na Justiça e na prática do bem.
Uma nação que se preza, celebra seus heróis; a Igreja celebra seus santos, que estão na glória, e celebra, também, os que ainda estão na luta de todo dia. Há muitos santos entre nós, em nossas comunidades e na vida dura dos operários e das famílias cristãs. Deus conhece os seus santos. Seria muito bom estar entre eles e com isso glorificar a Deus.
Os ouvintes de Jesus eram pobres, famintos, despossuídos (roubados) de suas terras e enfraquecidos pela miséria. Mas Jesus os proclama bem-aventurados! Com certeza Deus não gosta do sofrimento, da fome, da violência e da morte. Mas Ele tomou o partido dos pobres e dos enfraquecidos, daqueles que põem sua confiança em Deus, mesmo sofrendo a injustiça dos exploradores. O reinado dos poderosos é breve, mas a confiança que o pobre deposita em Deus é garantia de paz e de felicidade. Mas, ‘o verdadeiro pobre’ luta para tornar presente o Reino de Deus aqui na Terra.
Pobres em espírito são aqueles que depositaram toda sua confiança em Deus. Lutam por um mundo justo, mas sabem que Deus é maior que o mundo dos poderosos e Ele tomou o partido dos pobres. Ele os introduzirá no Reino Celestial porque foram purificados e receberam vestes brancas (vestes de festa e de inocência) e foram habilitados para a Festa do Cordeiro.
As bem aventuranças estão acima das forças humanas, mas são possíveis com a graça. Por isso, cristãos verdadeiros são aqueles que vivem as ‘bem aventuranças’. Somos, de fato, filhos de Deus, embora esta verdade esteja ainda acima de nossa compreensão humana. Mas temos certeza do amor de Deus e, por isso, trabalhamos buscando realizar seu Reino, já aqui na Terra. Quem crê luta pelo Reino de Deus. (Frei Carlos Zagonel)
“Sejamos santos porque Deus é Santo!”