Estamos no mês de setembro, dedicado à Palavra de Deus. Somos todos interpelados a abrir nossos ouvidos a um Deus que continua falando palavras que despertam e conduzem à vida plena.

Estamos no mês de setembro, dedicado à Palavra de Deus. Somos todos interpelados a abrir nossos ouvidos a um Deus que continua falando palavras que despertam e conduzem à vida plena. Não se trata de voltar a atenção a simples textos codificados, por mais belos e profundos que sejam. O essencial mesmo é manter com Deus uma relação dialogal. Mais que adoração e louvor, ele espera de nós escuta e resposta. Que o Senhor toque e abra nossos ouvidos e solte nossa língua, como fez com o personagem do Evangelho, para que não sejamos como os discípulos que, tendo olhos e ouvidos perfeitos, não conseguem ver e ouvir a novidade realizada por Jesus Cristo.
No Evangelho desta semana Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até a morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho – e quem quiser ser seu discípulo tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
O caminho escolhido por Jesus passa pela cruz. O caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projetos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos.
E assim é nossa vida no dia a dia: estamos sempre em busca de dias melhores, rezando uns pelos outros, sofrendo e sorrindo, caindo e levantando, alcançando vitórias e vibrando!
A esperança não decepciona e, embora às vezes tudo pareça deveras difícil, nós sabemos: Jesus venceu! A dor foi vencida...
E tudo isso na palavra de Deus nós encontramos.
E é esta palavra de vida que nossa Igreja acredita, Caminho de Cruz, esperança que não decepciona, morte que vence a vida... Não são cultos milagrosos nem profecias miraculosas impossíveis... Como São Paulo, não recorremos a voos altos, meditamos no mistério do filho do Carpinteiro que se dá a nós em cada Eucaristia e nos sustenta pessoalmente nas duas mesas que a Santa Igreja nos convida a comungar.