Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Clara Missionária

Santa Clara é a Fundadora da Ordem das Clarissas que iniciou no pequeno e famoso Mosteiro de São Damião, em Assis, em 1209

Clara Missionária” é o título da Novena que começou no dia 2 de agosto na Capela do Mosteiro das Irmãs Clarissas Capuchinhas para preparar a solenidade de Santa Clara de Assis.
Santa Clara é a Fundadora da Ordem das Clarissas que iniciou no pequeno e famoso Mosteiro de São Damião, em Assis, em 1209. As Irmãs viviam na clausura.
Três séculos mais tarde uma nobre espanhola – Maria Lourença Longo – assumiu a Regra escrita por Santa Clara e vivendo nas mais rígidas clausuras – efeito das reformas do Concilio de Trento – fundou a Ordem das Irmãs Clarissas Capuchinhas.
Mas...como podem as Irmãs que vivem enclausuradas serem Missionárias?!
O Papa Francisco, nas normas destinadas às religiosas de clausura, esclarece: “A Igreja conta com a vossas oração e imolação para levar aos homens e mulheres de nosso tempo a boa notícia do Evangelho”... e convida: “Sede faróis que acompanham o caminho dos homens e mulheres na noite escura do tempo”. “Com a vossa vida transfigurada e com palavras simples ruminadas no silêncio, indicai-nos Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, o único Senhor que oferece plenitude à nossa existência e dá a vida em abundância (Jo 10,10)”. O essencial, então, é estar com Cristo. O seráfico Pai São Francisco, chamava Clara “a Cristã”, simplesmente! 
De fato ser cristão é “viver Cristo”: não somente conhecer o que Ele disse, ensinou, fez... Ser cristão é acolher, na força do Espírito, o Senhor Jesus no próprio ser: mente e coração. É deixar-se assimilar a Ele, tornando-se, assim, alguém que Deus Pai reconhece como Filho no seu Filho Unigênito. Quando Francisco (no filme de Zeffirelli) perguntou à jovem Clara em busca de orientação: “Quem é teu Pai, Clara?”. Ela, pensativa e aberta ao mistério, responde feliz: “Deus...Deus é meu Pai!”!
Clara entende que o Senhor Jesus não é somente Aquele que anuncia uma Boa Nova a ser comunicada e observada; que não se trata simplesmente de absorver, lembrar e citar verdades doutrinárias, mas sim despertar um desejo ardente do coração, sentir aceso em si aquele fogo de que Jesus fala no Evangelho de Lucas – 12, 49: “Eu vim trazer fogo sobre a terra e como desejaria que estivesse já aceso”...
Clara tinha entendido tudo isto e estava sempre atenta, no silêncio de um profundo recolhimento, para poder estar com Aquele que é Amor que cria, que comunica a verdade e é a medida de todas as coisas.
Quão profunda seja sua oração o demonstram as declarações das Irmãs recolhidas nas Atas do Processo de canonização ao qual o Celano atingiu largamente para escrever-lhe a Vida. 
Claro, são coisas de santos canonizados! É presença extraordinária de Deus... Mas, para ser “cristão,” precisa “afinar” a vida com a vida de Jesus... Assim como canta Padre Zezinho: “Amar como Jesus amou...”. E Papa Francisco esclarece que “Partilhar a Palavra e celebrar juntos a Eucaristia torna-nos irmãos e vai transformar-nos pouco a pouco em comunidade santa e missionária (Gaudete et Exultate n.142).  Pedimos à Santa Clara a graça de “Viver Jesus” “e- Nele e por Ele” sermos sopro de vida Nova neste mundo oprimido por tantas violências e erros. Que o rio de Agua viva que brota do coração rasgado do Senhor Jesus venha nos dar força nova pela Verdade e a Graça do Evangelho.