Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

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As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Capuchinhas

Somente 11 anos depois, no dia 26 de abril de 1992, realizadas as condições prescritas, aconteceu a ereção canônica e – em 20 de maio – o primeiro capítulo eletivo.

No jornal Correio Riograndense do dia 3 de fevereiro de 1979 foi publicada esta notícia: “Chegaram, quinta feira, nesta cidade, procedentes de Roma, cinco Religiosas Clarissas Capuchinhas que se destinam à fundação desta Ordem no Brasil”. O Mosteiro não surgiu – como estava programado – no terreno árido de Caxias do Sul, mas no morro verde de Flores da Cunha, onde foi inaugurado dia 8 de dezembro de 1981, com uma solene celebração eucarística na frente do prédio, presidida por dom Benedito Zorzi, cocelebrada por dom Paulo Moretto, frei Carlos Zagonel, frei Lorenzo Sella, frei Aloysio, frei Silvestre, frei Ari, outros 30 sacerdotes e participada com simpatia e interesse pelos florenses avaliados em cerca de 5 mil pessoas.
Somente 11 anos depois, no dia 26 de abril de 1992, realizadas as condições prescritas, aconteceu a ereção canônica e – em 20 de maio – o primeiro capítulo eletivo. Este capítulo repete-se a cada três anos para a eleição da madre, da vigária e da conselheira. Santa Clara de Assis, apaixonada imitadora de Cristo, não hesita em dizer que a abadessa (termo que identifica o superior como Pai-Abbá) deve sentir-se serva das irmãs, assim como Jesus que veio para servir.
O Mosteiro é um sinal para o povo de Deus a quem lembra a beleza e a necessidade da oração. Tudo é organizado para favorecer uma vida de oração, uma vida contemplativa. Faz pouco tempo, o papa Francisco emanou a constituição apostólica “Buscar o rosto de Deus”. Ele diz que os contemplativos “atraídos pelo esplendor de Cristo, o mais belo entre os filhos dos homens (sl 45,3) situam-se no coração da Igreja e do mundo e encontram, na busca sempre inacabada de Deus, o principal sinal e critério de autenticidade da sua vida consagrada”. Ele diz que “a vida contemplativa feminina representou sempre, na Igreja e para a Igreja, o coração orante, guardião da gratuidade e rica fecundidade apostólica”. 
A vida consagrada, diz o santo padre, é uma história de amor apaixonado pelo Senhor e pela humanidade; história que constrói-se dia após dia, por meio da busca do rosto de Deus... Deus não tem rosto, mas esta expressão se refere à presença divina, ao Deus vivo e verdadeiro, percebido vivamente na fé e na oração... Pois Deus não é uma ideia, uma abstração teórica, mas é pessoa viva dentro da gente: Pai, Amigo, Esposo... Assim, diz papa Francisco, contemplar é possuir em Cristo Jesus um olhar transfigurado pela ação do espírito, um olhar em que floresce o encanto por Deus e suas maravilhas; é possuir uma mente límpida, onde ressoam as vibrações do verbo e a voz do espírito como sopro de brisa suave. Não é por acaso que a contemplação nasce da fé que, por sua vez é porta e fruto de contemplação: somente por meio do “eis-me aqui” (Lc 1,36) confiante é que se pode entrar no mistério e saboreá-lo.