Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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Anunciação

A encarnação é o fato com o qual, na plenitude do tempo, Deus manifestou sua vontade de salvação, seu amor sem fim: na Virgem Maria estava preparando a mãe de todos os homens e por isso Maria é também mãe da Igreja: é na Igreja, Corpo Místico de Cristo, que se recebe o Espírito Santo.

No dia 25 de março a Igreja Católica celebra a solene festa da Anunciação, que é um fato contado por São Lucas no Capítulo 1º, versículo 26 do seu Evangelho. No prólogo ele declara que escreveu “após acurada investigação de tudo desde o princípio”. Por esta narração compreendemos porque esta festa, que nos primeiros tempos era chamada ‘Anunciação de Jesus Cristo’, foi depois consagrada à Santíssima Virgem. É essencial, de fato, a parte da mulher na qual Deus se “faz carne”, como escreve São João no prólogo do seu Evangelho, versículo 14.
Imaginemos esta menina, talvez de 16 anos, filha obediente, recebendo uma misteriosa visita que a enche de temor e que lhe anuncia uma gravidez, num tempo e cultura em que a mulher seria simples e inexoravelmente apedrejada... É evidente a humildade de seu coração, a força de sua fé, a transparência de sua alma, a limpidez de sua entrega ao Onipotente, se as palavras: “Não temas, Maria, encontraste graça junto de Deus”, bastam para dar-lhe segurança e força para uma entrega total à vontade de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. “Seja feita” é a oração cristã: ser todas e todos Dele porque Ele é todo nosso.
A encarnação é o fato com o qual, na plenitude do tempo, Deus manifestou sua vontade de salvação, seu amor sem fim: na Virgem Maria estava preparando a mãe de todos os homens e por isso Maria é também mãe da Igreja: é na Igreja, Corpo Místico de Cristo, que se recebe o Espírito Santo. Recebe-se pelo Batismo. Estão muitos, até entre os fiéis, que se perguntam a que serve o Batismo. A este propósito um valente bispo missionário conta-nos a historinha da pomba: “Fazia pouco tempo que Deus tinha criado a pomba e ela só reclamava. O bom Deus resolveu escutar o que ela tinha para dizer. Assim falou a pomba: ‘Ó Deus do universo, tem um gato que corre atrás de mim com a clara intenção de me matar e me devorar. Eu passo o dia inteiro correndo desesperada com as perninhas que o Senhor me deu. Não aguento mais’. Deus teve compaixão da pomba e lhe deu um belo par de asas robustas e ágeis. Alguns dias depois a pomba voltou para Deus, novamente chorando. ‘Ó meu Senhor, o gato continua atrás de mim. E agora ficou pior. As asas são pesadas e atrapalham os meus movimentos. Estou muito cansada’. O bom Deus sorriu e respondeu à pomba: ‘Eu não te dei as asas para tu carregá-las nas costas, mas sim para voar livre pelo céu’.”
Perdoem a comparação banal, diz dom Pedro, mas o Batismo é como as asas da pomba da historinha. Deve servir ‘para voar alto’, ou seja, olhar as coisas do mundo com o mesmo olhar de Deus. Tudo – bens materiais, afetos e criatividade – pode servir para o bem, a paz, a justiça e a fraternidade. Ao mesmo tempo, deve servir para fugir dos perigos de confundir as coisas materiais, todas limitadas e perecíveis com as riquezas de alegria e felicidade que somente o amor a Deus e ao próximo pode proporcionar. Os batizados devem voar alto, voar livres. Com certeza outros se juntarão. Verdadeiros adoradores do Pai, em espírito e verdade.