Eis que estamos entrando em Tempo de Advento: Jesus irá chegar... Isto é, no ciclo litúrgico porque Ele está no meio de nós desde sempre e para sempre!...

Eis que estamos entrando em Tempo de Advento: Jesus irá chegar... Isto é, no ciclo litúrgico porque Ele está no meio de nós desde sempre e para sempre!... Esta festa que, se não todos, ao menos a grande maioria celebra com muita pompa e presentes é uma festa católica: recorda a Encarnação do Filho de Deus. Todavia muitos de nós corremos o risco de celebrarmos o Natal a partir do comércio, ao invés de partir de Cristo: Princípio e Fim de todas as coisas. São Francisco um sincero apaixonado por Jesus, representou este acontecimento criando o Presépio. De fato, ver o Natal a partir da pobre gruta de Belém nos ajuda a vislumbrar a singela grandeza com que Deus nos ama. Na manjedoura contemplamos um Deus que veio para os seus entre os seus! Mas para nos deslumbrarmos na medida da alegria da Virgem que trouxe ao mundo um Filho, ou na Esperança dos pobres pastores que receberam o anúncio através dos anjos precisamos olhar o presépio “de baixo”, sim, precisamos sair do salto de nossas capacidades, razões, conhecimentos, pseudo-expectativas... Para olhar com pureza, com simplicidade, sem grandes expectativas: um menino pobre que desapropriou-se de ser Deus para nos ensinar a sermos homens completos, como Deus sonhou... Na fragilidade de nossa existência podemos todos os dias contemplar como Ele se fez frágil por amor de nós. A contemplação do presépio pode se converter em uma resposta de abandono: Ficar diante dEle, com ou sem palavras, descansando nEle o coração. Recordando que Ele nos amou por primeiro e veio a nosso encontro gratuitamente. Aliás, vem ao encontro cada dia, fica ao lado de cada um de nós constantemente: está presente nos momentos mais difíceis, nos mais alegres também! E desde sua Encarnação seu amor é uma presença para sempre, amor eterno que se situa para além de nós mesmos... Ele é o Menino de Belém, que nos ensina a singeleza das crianças e também o Bom Pastor que nos guia para o Reino. Cabe a nós sermos ovelhas dóceis que nos abandona ao regaço do Pastor. Peçamos a Ele mesmo esta graça: de fazermos de nossa vida uma oferta perene de abandono, amor e esperança. Enquanto damos graças ao Senhor por Ele estar no meio de nós e realizar em nós maravilhas, mesmo aquelas que nem notamos. Paz e bem!

Irmã Maria Priscila - Clarissa Capuchinha"