Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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A vida é milícia

Os valores vão deteriorando-se e tudo fica ‘mais ou menos’ e ‘tanto faz’... Até encontrar confusão e morte...

Há momentos e períodos na história da humanidade em que tudo parece acabar. Como quando um temporal arrasta com violência nuvens pretas e o dia se faz noite. Algo semelhante – terrível – deve ter acontecido quando Jesus, o Cristo – pregado na cruz, atormentado, vilipendiado, desprezado – lançou um forte grito. Lucas (23,44) nos conta: “Era já mais ou menos a hora sexta quando o sol se apagou e houve treva sobre a terra inteira até a hora nona, tendo desaparecido o sol. O véu do Santuário rasgou-se no meio e Jesus deu um forte grito: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Os discípulos que voltavam para Emaús (Lc 24,13) estavam desolados. “Nós esperávamos...”. E assim todos amigos de Jesus: tudo estava perdido. Não esperavam mais nada... Mas Jesus ressuscitou! Nos dias de hoje também nos deparamos com situações de injustiça enraizada, de violência absurda, de manifestações de rebeldia e – podemos dizê-lo: também de loucura. O que é o desrespeito consciente e quisto às leis da natureza, aos limites que marcam direitos e correspondentes deveres? O que é a desordem moral que pisa em cima de seres indefesos? Sem reflexão, sem temor de Deus, a criatura humana destrói sua beleza, seu valor. Renega o sopro criador do Pai, ou seja, o Espírito que está na origem da criação.
Viktor E. Frankl cita em seu livro Em Busca de Sentido: um Psicólogo no Campo de Concentração, esta consideração que é também um convite: “Tudo que é grande é tão difícil de compreender quanto de encontrar. As pessoas decentes formam uma minoria. Mais do que isso, sempre serão uma minoria. E, no entanto, vejo justamente neste ponto o maior desafio a que nos juntemos à minoria. Porque o mundo está numa situação ruim. Porém, tudo vai piorar ainda mais se cada um de nós não fizer o melhor que puder. Portanto, fiquemos alertas – alertas em duplo sentido: desde Auschwitz nós sabemos de que o ser humano é capaz. E desde Hiroshima nós sabemos o que está em jogo”.
A criatura não pode repudiar o Criador sem destruir-se a si mesma. A destruição nem sempre aparece logo. Os valores vão deteriorando-se e tudo fica ‘mais ou menos’ e ‘tanto faz’... Até encontrar confusão e morte... Tem razão Viktor Frankl: sejamos do partido da minoria; do lado daqueles que acreditam na força da verdade, que permanecem no caminho certo, que defendem a vida. Pedimos ao Pai do céu que vivifique em nós o dom da fé recebido no Batismo e desejemos firmemente que o Espírito de Deus, Espírito Santo, forme em nós filhos com as feições do Filho, Jesus Cristo.