Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

Contatos

A consulta

Irmã Emanuele

Anthony de Mello, em um de seus livros, conta a interessantíssima história de um homem que, indo a um consultório médico, reclamava de uma terrível dor de cabeça e desejava um remédio eficaz para passar... O médico – como todos os outros – disse que indicaria o remédio depois de verificar algumas coisas nos hábitos diários do paciente. Então perguntou:
- Diga-me, o senhor bebe muito?
- Álcool?! Respondeu o homem, indignado. - Jamais toco nessa porcaria.
- E fuma? Continuou o médico.
- Acho que fumar é revoltante. Nunca na vida coloquei um cigarro na boca.
- Fico um pouco embaraçado em perguntar isto, mas... Sabe como são os homens... Anda por aí à noite?
- Claro que não. Vou para a cama o mais tardar às 10 da noite.
- Diga-me – pediu o médico –, essa dor de cabeça que o senhor sente é um tipo de dor aguda e lacinante?
- Sim – respondeu o homem – É exatamente assim...
- É simples, meu caro! O problema da sua dor de cabeça é que você usa a ‘auréola’ muito apertada. Tudo o que precisamos fazer é alargá-la um pouco!!!
O problema é que, se vivermos fielmente de acordo com nossas falsas moralidades e extrema perfeição, torna-se ‘impossível’ viver conosco. Em algumas situações é muito fácil ‘eliminar’ uma pessoa da nossa amizade ou do nosso convívio, porque isso me causa alguma vantagem, ou simplesmente não me traz vantagem nenhuma. No entanto, somos e precisamos ser ‘parte’ de um universo, e não o universo inteiro. A nossa ‘individualidade’ nos ajuda a sermos autênticos e verdadeiros, mas o nosso ‘individualismo’ nos torna sempre mais centrados, egoístas...
Fica aí a dica: que tal tentar sair dos nossos padrões de perfeição e arriscar um primeiro passo? Subir o primeiro degrau mesmo que não enxerguemos a escada inteira?
Se conseguirmos fazer um pouquinho que seja, a nossa ‘auréola’ começa a se alargar... A nossa visão estreita passa a ser bem mais ampla e completa.
Que tal fazermos uma verdadeira ‘consulta’?
Um abraço a todos e a todas, especialmente àqueles que nos ajudam. Um ótimo final de semana!