Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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“Travessia, passo a passo, o caminho se faz”

Por Irmã Maria Priscila

Travessia, passo a passo, o caminho se faz. Aproximai-vos do Senhor.” Na parábola do Pai Misericordioso (ou do Filho Pródigo – Cf. Lc 15, 11-32), encontramos o exemplo do que nos sugerem o tema e o lema escolhidos para meditarmos neste mês da Bíblia.
Na parábola observamos que o filho mais novo, tendo se distanciado do Pai por ganância, imaturidade, ignorância, perfaz seu próprio caminho, segue em busca de algo grandioso, prazeroso, inovador... E, por fim, percebe que tudo é vaidade! Que a vida sem o amor do Pai é incompleta, passageira e vã.
Revê seus passos, sua caminhada e, surpreendentemente, percebe o que deixara para trás: confiante no Amor do Pai que ele de antemão experimentara, retorna. A experiência de amor que vivera com seu Pai é grande o bastante para atuar na mente, no coração, na fantasia, na memória... Sabe tocar os pontos mais diversos: o arrependimento, a vergonha, a saudade.
Ele retorna e encontra o que saberia que encontraria: a Alegria do Pai. No reencontro, a Alegria se transborda e se converte em festa. Aquele pai não cabe em si e não sabe o que inventar: ordena dar as vestes de luxo, o anel com o selo da família, matar o carneiro cevado, e diz a todos: “Comamos e celebremos uma festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”.
O filho mais velho que ficara junto ao Pai estivera estagnado, imóvel e, assim, estancado em suas atitudes, era incapaz de perceber todo o caminho que percorrera seu irmão até chegar àquele grande e frutuoso encontro. Parado do lado de fora da casa, recusa-se a participar da Alegria do Pai, incapaz de percorrer o caminho da vida, da liberdade, do poder de decisão, e até da graça de poder voltar atrás quando necessário.
Muitas vezes também nós podemos nos deter assim: ficarmos presos a normas, a formalidades, confiantes de que estamos fazendo o melhor e, talvez, de fato estejamos fazendo o que é bom. Todavia, precisamos ir além; não basta somente fazer o que é bom, é mister nos comprometermos com o bem, cooperar para que o bem se realize em tudo, em todos e em todas as circunstâncias.
E vamos todos juntos, passo a passo, caminhando à Luz da Palavra de Deus. Paz e bem!