Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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“O Senhor é minha luz e salvação!”

Quem salva é o Sangue de Jesus; não são as velas acesas e nem as flores colocadas junto ao túmulo de nossos entes queridos

Irmãos e irmãs, celebramos esta semana a Eucaristia pelos nossos falecidos. Só em nossa Paróquia foram rezadas, neste dia, pelo menos 17 missas, pois a Palavra de Deus nos recorda que é um santo e salutar pensamento rezar pelos falecidos para que sejam livres de seus pecados, aliviados em seus sofrimentos e desancassem em paz pelo poder de Deus. (2Mc).
Quem salva é o Sangue de Jesus; não são as velas acesas e nem as flores colocadas junto ao túmulo de nossos entes queridos. As flores e as velas, no dizer de Santo Agostinho são mais para consolo dos vivos do que alívio para os falecidos! Cuidemos dos vivos enquanto estiverem vivos! Depois da morte, sigamos o conselho da Palavra de Deus!

A palavra de Deus nos diz:
Já no Antigo Testamento, o patriarca Jó tem certeza que irá ressuscitar e contemplar a Deus com seus próprios olhos! Deus vai lhe restituir a vida em plenitude! (Jó 19,1.23-27)
São Paulo afirma aos Romanos e a nós que o amor de Deus é incondicional: Ele nos ama simplesmente porque Ele é bom! Jesus morreu por nós quando ainda éramos pecadores, quanto mais agora que já fomos justificados por seu próprio Sangue! (Rm 5,5-11)
Tudo isso porque a alegria do cristão baseia-se na certeza do amor fiel e incondicional de Jesus Cristo, nosso Salvador: “Quem nEle crê tem a vida eterna!” (Jo 6,37-40)

“Eu sou a ressurreição e a vida, Aquele que crê em mim, viverá e não morrerá para sempre!”
A morte coloca o ser humano num estágio superior de vida, de luz ou de trevas, de acordo com a vida que escolheu viver, boa ou má! Cada um de nós tem uma chama da luz divina acesa em seu coração. Ela é alimentada pelas boas obras ou é apagada pelos pecados cometidos e não arrependidos. Cultivemos a luz divina instalada em nosso coração. Se ela apagar, não há vela que possa reacendê-la!
A morte é dolorosa e angustiante, pois Deus não fez a morte e nem o sofrimento! Eles existem por causa do pecado! Jesus nos libertou do pecado e fez da morte uma porta aberta para a vida superior e divinizada (cheia de luz). É como o parto de uma criança: Doloroso, mas é porta aberta para uma vida superior!
A esperança do patriarca Jó é, apenas, um símbolo da esperança cristã: quem crê em Jesus sabe que vai vê-lo, glorioso, com os próprios olhos transformados pelo poder de Deus! Como deve ser maravilhoso poder ver a Deus com os nossos próprios olhos!
É bom e importante celebrar a memória de nossos entes queridos, já falecidos; mas, sem esquecer que os túmulos artísticos, as velas acesas, as flores oferecidas servem, apenas, para a satisfação de quem as oferece. Não ajudam em nada os falecidos. 
O bem e as honrarias, em favor de nossos irmãos, vamos praticá-las enquanto eles estiverem vivos entre nós! Paz e bem!