Com a “Epifania do Senhor” termina o tempo das festas natalinas. Hoje, o Senhor é revelado às nações pagãs, pois Ele é o Salvador de toda a humanidade. Hoje, é a “Festa de Natal” para todos os povos que não são judeus. Portanto, é o nosso Natal!
Mateus apresenta o Evangelho como “Boa Nova” para todos os povos: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19). Paulo se alegra com o mistério que Deus lhe revelou: “Todas as nações são co-herdeiras, membros do mesmo Corpo e participantes da promessa em Cristo Jesus, por meio do Evangelho” (2ª Leitura). O Povo judeu sempre pensou no Messias com exclusividade – só para ele!

Os pagãos também têm sede de Deus, e os “Reis Magos” – nossos representantes – vão à procura do grande Rei cuja estrela viram lá no Oriente. Os sacerdotes sabiam onde o Messias deveria nascer, mas não foram a Belém; e muito mesmo Herodes, pois temia perder o trono. Por isso, ele mandou matar todas as crianças dos arredores de Belém para incluir o Rei recém-nascido! O medo de Jesus continua, ainda hoje, atormentando os poderosos! Eles temem perder seus privilégios. Jesus não rouba privilégio de ninguém! Ele vem trazer a paz! Só isso!

Palavra de Deus
Is 60,1-6 – Jerusalém está sendo reconstruída e o profeta anuncia que ela servirá de luz para todas as nações: “As nações caminharão à tua luz, e os reis para o clarão de tua aurora (...) proclamando os louvores do Senhor.”! Ali, Deus será adorado por todas as nações.

Ef 3,2-3ª, 5-6 – O destino universal do Evangelho é revelado a Paulo que se faz missionário de Jesus, anunciando-o para todas as nações conhecidas de seu tempo. Jesus, ainda hoje, continua sendo a salvação, enviada por Deus, a toda criatura humana.

Mt 2,1-12 – Reis desconhecidos, morando nos confins da terra, ficam atentos aos sinais do céu e descobrem uma estrela singular. Concluíram: deve ser a “Estrela do Grande Rei” que vem trazer-nos a salvação. Apressam-se em descobrir-lhe a morada para adorá-lo (...) e o encontram na casinha pobre de Belém, nos braços de sua mãe, a Virgem Maria. Eles o adoram, dão-lhe presentes e partem felizes, de volta para suas terras, sem entregar o segredo do Menino ao mal intencionado Herodes.

Reflexão
Todos os povos têm sede de Deus e, de uma maneira ou outra, eles procuram encontrar-se com Ele. Os “Santos Reis Magos” investigaram o céu e descobriram uma estrela singular que os conduziu até o Salvador. Qual seria a nossa sede de Deus e quais são os sinais de sua presença em nossa vida, em nosso tempo? A “Festa da Epifania” é a comemoração de nosso encontro com o Rei e Senhor enviado a nós por Deus Pai. Vamos adorá-lo e oferecer-lhe o “presente de nossa vida”!

Paulo conheceu, por revelação, que Jesus era o Salvador de todas as nações; por isso, fez-se missionário dos pagãos anunciando-lhes Jesus Salvador. Chegou a exclamar: “Ai de mim se não evangelizar!” (1 Co 9,16b). A Igreja existe para evangelizar e o cristão para ser discípulo missionário de Jesus. Os “Reis Magos” retornaram para suas terras anunciando Jesus (...), e você já anunciou Jesus para alguém ou tem medo de sair de sua mordomia (como os sacerdotes de Jerusalém)? Irmão, anuncie Jesus, o Salvador.

O mundo moderno procura excluir Jesus até do calendário; mas o mundo passa e Ele continua sendo a oferta da misericórdia e da salvação de Deus a toda criatura. Feliz de quem seguir a estrela até Belém e adorar o Menino, como fizeram os Reis Magos. “Vimos sua estrela no Oriente e viemos, com presentes, adorar o Senhor!” (Texto: Liturgia da Epifania do Senhor, de frei Carlos Zagonel).