Seguir o Mestre não pode ser uma atitude passageira, nascida num momento de entusiasmo, mas uma escolha que leva a uma vivência coerente e perseverante

Com a graça de Deus estamos vivenciando mais um Mês da Bíblia, excelente oportunidade de aprofundarmos a Palavra de Deus e formar o nosso coração segundo o coração de Deus. “O sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis... a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo (Fil. 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo (5). Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte... Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; porque a Ele falamos, quando rezamos, a Ele ouvimos, quando lemos os divinos oráculos” (Dei Verbum, n. 25). No Evangelho deste final de semana Jesus está a caminho para Jerusalém e apresenta as condições para ser seu discípulo.  A primeira é o desapego afetivo: o discípulo deve ser uma pessoa livre e desapegada, como o seu Mestre. O seguimento de Jesus exige um desapego radical, também com relação aos laços familiares. Os pais devem ser amados e respeitados, mas não preferidos a Ele. Os valores do Reino são prioritários. A segunda condição é a disponibilidade em carregar a cruz. É a cruz da luta contra os egoísmos, a cruz das oposições, das perseguições, até do sacrifício da própria vida, por amor a Cristo e a seu Reino. A terceira condição é renúncia aos bens materiais. Quem vive em função dos bens, não deixa espaço para Deus, para relações de partilha e solidariedade com os irmãos. Quem decide seguir Jesus renuncia a todos os bens porque encontrou Nele o Bem maior, no qual qualquer bem recebe valor pleno e significado: os laços familiares, outros relacionamentos, o trabalho, os vários tipos de bens. Desprende-se de tudo e reencontra tudo na lógica do Evangelho: Trata-se, como dizia São Bento, de nada antepor ao amor por Jesus.  Para explicar as exigências do seguimento, Jesus conta duas parábolas: a da torre a ser construída e a do rei que vai para a guerra. As duas parábolas ensinam que é preciso refletir bem, planejar antes de começar a caminhada. 
Seguir o Mestre não pode ser uma atitude passageira, nascida num momento de entusiasmo, mas uma escolha que leva a uma vivência coerente e perseverante. Para entrar na lógica do Evangelho é importante amar cada vez mais a Palavra de Deus, dedicar tempo especial para a leitura orante da Palavra. Pois converter-se a Jesus tem consequências práticas imediatas e necessárias, significa trocar de vida, de caminho! 
Conheço muita gente boa, e convivo com uma Cristã autêntica assim: Madre Maria Bernarda de Cristo Rei. Ela é a expressão do Amor e Louvor ao Deus Verdadeiro, só a Seu nome dá glória, pois o reconhece como único Amor e Verdade com todos os seus sentidos: Sua boca fala de Deus e de tudo que a Ele se refere; seus olhos olham constantemente para o Presépio, a Cruz e a Eucaristia e nos irmãos e irmãs também O vê; Seu nariz tem o olfato enfraquecido (despois de tantos anos vividos), mas somente para as coisas da terra, quanto às do Céu o aroma a entorpece da mais viva alegria; seus ouvidos estão sempre atentos a tudo que se refere a Ele e por outro assunto não se interessa; suas mãos trabalham incansavelmente, seja fazendo arte: com pincel ou pena, sejam unidas em íntima oração, seja elevadas em profunda intercessão... Seus pés, caminham seguros no Caminho das Bem-Aventuranças através dos trilhos da Vida Consagrada; sua garganta produz sons que emitem palavras sábias e louvores sem fim, oh, sim após a doxologia, na Santa Missa ela está sempre proclama em alto e bom som: Amém! 
Mas tudo isso porque ela é a serva do Senhor, e sabe que só Ele é grande, só Ele é forte, é o Altíssimo, Onipotente e bom Senhor!