Irmãs Clarissas Capuchinhas

Irmãs Clarissas Capuchinhas

Conversando Com Você

As Irmãs Clarissas vieram ao Brasil a convite dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Chegaram aos 21 de janeiro de 1979. Ficaram hospedadas com as Irmãs Clarissas de Porto Alegre por alguns dias e em 1º de fevereiro deste ano foram morar em uma casa na cidade de Caxias do Sul até que o Mosteiro fosse habitável. Em outubro de 1981, mesmo sem a conclusão do Mosteiro, as Irmãs vieram para Flores da Cunha.

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“Encontrei o Amor, o amor deixou-se contemplar!” (Santa Verônica Giuliani)

No dia 10 de julho celebramos o dia de Santa Veônica Giuliani, uma Clarissa Capuchinha mística que não é da época medieval

Queridos irmãos e irmãs, no dia 10 de julho celebramos o dia de Santa Veônica Giuliani, uma Clarissa Capuchinha mística que não é da época medieval. No dia 27 de dezembro próximo, acontece o 359º aniversário de seu nascimento. 
Verônica nasceu, em 1660, em Mercatello, e recebeu o nome de Úrsula. É a caçula de sete irmãs, das quais outras três tornaram-se monjas. Aos sete anos de idade, perdeu a sua mãe, e mudou-se com seu pai para Piacenza. Aí Úrsula sentiu crescer em si o desejo de dedicar a vida a Cristo. Aos 17 anos, entrou na restrita clausura do mosteiro das Clarissas Capuchinhas em Castello. Lá recebeu o nome de Verônica, que significa “verdadeira imagem”, e, de fato, ela se tornou uma verdadeira imagem de Cristo Crucificado. Um ano depois, emitiu a solene profissão religiosa e iniciou um caminho de configuração a Cristo. Em 1716, aos 56 anos, tornou-se abadessa do mosteiro e foi confirmada no cargo até a sua morte, em 1727, depois de uma dolorosíssima agonia de 33 dias que culminou numa profunda alegria, tanto que suas últimas palavras foram: “Encontrei o Amor, o Amor deixou-Se contemplar!” (Summarium Beatificationis, 115-120). No dia 9 de julho, deixou a morada terrena para encontrar-se com Deus. Foi proclamada Santa em 26 de maio de 1839 pelo Papa Gregório XVI.
Dentre tantas grandiosidade Santa Verônica possui uma espiritualidade marcadamente cristológico-esponsal: é a experiência de ser amada por Cristo, Esposo fiel e sincero, e de desejar corresponder com um amor sempre mais envolvido e apaixonado. 
O Cristo ao qual Verônica está profundamente unida é aquele sofredor, da paixão, morte e ressurreição; é Jesus no ato da oferta ao Pai para salvar-nos. Dessa experiência, deriva também o amor intenso e sofredor pela Igreja, na dupla forma da oração e da oferta. A Santa vive nesta óptica: ora, sofre, busca a “pobreza santa”.
Verônica vive de modo profundo a participação no amor sofredor de Jesus, certa de que o “sofrer com alegria” seja a “chave do amor” Ela evidencia que Jesus padece pelos pecados dos homens, mas também pelos sofrimentos que os seus servos fiéis haveriam de suportar ao longo dos séculos. Escreve: “O Eterno Pai lhe fez ver e sentir naquele ponto todos os sofrimentos que haveriam de padecer os seus eleitos, as almas Suas mais queridas, isto é, aquelas que saberiam aproveitar do Seu Sangue e de todos os Seus sofrimentos”. Como disse o Apóstolo Paulo de si mesmo: “Agora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que faltou às aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a Igreja” (Col 1,24). Verônica chega a pedir a Jesus para ser crucificada com Ele. “Em um instante – escreve –, vi sair de Suas santíssimas chagas cinco raios resplandecentes; e todos vieram em minha direção. E eu via esses raios transformarem-se em pequenas chamas. Em quatro haviam pregos; e em um havia uma lança, como de ouro, toda inflamada: e me passou o coração, de lado a lado… e os pregos passaram as mãos e os pés. Eu senti grande dor; mas, na mesma dor, me via, me sentia toda transformada em Deus” (Diario, I, 897).
O Papa Bento XVI escreveu uma catequese sobre no dia 15 de dezembro de 2010. Quem quiser saber mais pode ver no seguinte link: [https://noticias.cancaonova.com/mundo/catequese-de-bento-xvi-sobre-santa-veronica-giuliani/].
Santa Verônica, rogai por nós!