Floriano Molon

Floriano Molon

Lembranças

Floriano Molon é natural do distrito florense de Otávio Rocha, nascido em 11 de abril de 1949. Foi professor primário, funcionário público estadual e federal, hoje aposentado, bacharel em Direito e pesquisador da imigração italiana. Tem 12 livros publicados e participou em diversas outras publicações. Como promotor de eventos, foi presidente de algumas edições da Festa Nacional da Vindima (Fenavindima) e outras festas, bem como presidente de diversas Associações. Recebeu o título de ‘Cidadão de Mérito de Flores da Cunha’, além do Troféu Grazie, esta última do Jornal O Florense. 

Contatos

O dia de tomar óleo de rícino

As duas piores coisas na colônia: tomar injeções e beber óleo de rícino

Para manter os intestinos funcionando e limpar o sangue, seguidamente, tinha que tomar uma colher de óleo de rícino, com um cheiro insuportável e de gosto muito ruim.
As duas piores coisas na colônia: tomar injeções e beber óleo de rícino. Certamente quem inventou este remédio, deve ter dito por aí que faz bem. Não sei se as primeiras gerações de italianos/brasileiros beberam o rícino, mas a minha geração, a terceira, e ainda a quarta, tinham que beber esta maldita colherada de rícino, com um cheiro forte e ruim. Vejo agora, no Google, que este remédio, o rícino, é produzido a partir de uma planta brasileira, a mamona, exatamente aquela que os governantes incentivaram o plantio para produzir o etanol, que serve de combustível para carros e caminhões. E nós, bebíamos para correr para as capoeiras, para o galpão dos animais, e até mesmo para o banheiro...
O rícino fazia bem, mas os mais velhos bebiam o sal amargo, para alcançar o mesmo propósito, quando estavam com dificuldade de “ir aos pés”. 
Será que na Itália conheciam este remédio, se ele é feito de uma planta que, penso, é brasileira?
Bem, com rícino ou sem, crescemos bem e fortes. Deverá ter valido a pena ter bebido este óleo.