Você e eu já fizemos ao menos uma vez
Perguntamos para alguém na fila do caixa: “Será que chove hoje?” somente para puxar conversa.
Perguntamos para alguém na fila docaixa: “Será que chove hoje?” somente para puxar conversa.
Fizemos uma bola com restos de sabonete.
Entramos na farmácia para nos pesar.
Puxamos o rabo do gato.
Mentimos a idade.
Acordamos o filho simplesmente para perguntar se estava dormindo.
Trocamos o nome de um parente próximo.
Debaixo do chuveiro, percebemos que esquecemos a toalha e gritamos: “Mãããããe!”.
Desejamos nos tornar invisíveis.
Andamos de um lado para outro enquanto falamos ao celular.
Tiramos meleca do nariz com o mindinho.
Vestimos a camiseta pelo avesso.
Lambemos os dedos sujos de sorvete.
Rimos da piada sem graça do amigo.
Falamos “Que calor” para quebrar o silêncio.
Alegamos cisco no olho para disfarçar uma lágrima.
Falamos venenos contra um parente.
Respondemos “Sim” quando um amigo nos perguntou se estava “Tudo bem?”, mesmo não estando.
Apertamos o botão do controle remoto com mais força, apesar de ele já estar com a pilha pifada e não funcionar mais.
Respondemos “Não” quando queríamos dizer “Talvez”.
Damos o pisca à direita quando vai entrar à esquerda.
Esquecemos a torneira da pia aberta.
Tentamos arrotar o alfabeto.
Pouco pior do que esquecer a torneira aberta, deixamos de dar descarga do vaso.
Rabiscamos a última folha do caderno da escola.
Abrimos a boca ao olhar para o alto.
Metemos o narigão contra a vidraça.
Fizemos mil caras e bocas diante do espelho.
Abrimos o lenço para conferir, após assoar o nariz.
Disfarçamos o som do peido fazendo um barulho qualquer, como arrastar uma cadeira.
Comemos o milho que sobrou da pipoca.
Fomos a uma festa com uma roupa e nos arrependemos até o último fio de cabelo de tê-la usado.
Chegamos ao fim do ano para lamentar: “Meu Deus, como o ano passou rápido”.
Prometemos a nós mesmos retornar a ligação de um amigo e não cumprimos o prometido.
Trancamos a porta e depois conferimos para nos certificar que estava chaveada.
Sentimos uma vontade incontrolável de coçar o nariz quando estávamos com a boca aberta no dentista.
Ficamos com uma unha preta depois de uma martelada ou batida da porta.
Enviamos mensagens de boas festas àqueles que amamos e também àqueles que fingem gostar da gente.